Dentro de meio ano vai estar concluída a adaptação de dois edifícios da estação de Foz-Tua, em Carrazeda de Ansiães, para servirem como centro interpretativo da memória do vale do Tua. O contrato de adjudicação e do auto de consignação foram assinados ontem com o empreiteiro, que agora terá seis meses para executar os trabalhos, que vão custar mais de 700 mil euros.
Os dois edifícios pertencem à Infraestruturas de Portugal, que os concessionou por um período de 20 anos, que pode ser renovado.
Depois das obras feitas, é preciso criar os conteúdos museológicos, processo que vai elevar para cerca de dois milhões o custo total do projeto.
O atual presidente da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua, Fernando Barros, adianta que este centro interpretativo será mais um meio de atrair turistas à região.
“Há percursos, mobilidade, o empreendedorismo, uma série de recuperação do património nos 5 concelhos, uma série de medidas de compensação que estão a ser implementadas que vão contribuiu para que o Tua venha a ser um destino turístico”, entende.
Para além dos municípios de Alijó, Carrazeda, Murça, Vial Flor e Mirandela, a Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua também integra a EDP, dona da barragem e que está obrigada a compensar a região pela sua construção.
Ana Paula Moreira, da EDP Produção, considera que a Estação de Foz-Tua era o melhor local para instalar o centro interpretativo.
“Havia aquele espaço, que precisava de ser reabilitado e vai ficar mais digno, devido aos acessos em termos da sua localização também fazia sentido e outra questão tem a ver com poder constituir-se como uma porta e entrada do Vale”, justifica.
O projecto contou com a colaboração da Direção Regional de Cultura do Norte, quer do ponto de vista da conceção quer do ponto de vista arquitetónico.
Depois dos dois percursos pedestres inaugurados no passado fim de semana, nos concelhos de Mirandela e Vila Flor, o Centro Interpretativo da Memória do Vale do Tua é a segunda ação visível das contrapartidas da barragem do Tua, que se encontra em conclusão, entre os concelhos de Carrazeda e Alijó, e que garante um financiamento para projetos no vale com um montante equivalente a três por cento da produção anual de energia.
Escrito por Rádio Ansiães (CIR)
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