A PJ do Porto consegiu deter o alegado líder de uma rede de tráfico de pessoas que mantinha suas escravas. Trabalhadores estrangeiros a quem era retirado o passaporte quando chegavam a Portugal, trabalhava 17 horas por dia na agricultura a troco de nada.
Ao que tudo indica, após depoimento às autoridades policiais, de duas das vítimas que conseguiram fugir do local onde pernoitavam, o suspeito de 29 anos, também ele estrangeiro,e o "grupo criminoso" a que pertencia, recrutava vítimas com dificuldades financeiras "para a prestação de serviços na área da agricultura na região de Trás-os-Montes, acordando trabalho e condições dignas com os trabalhadores que incluía remuneração, transporte de e para os locais de trabalho, alojamento e alimentação.
No entanto, as promessas não correspondiam à realidade e assim que os trabalhadores chegavam a Portugal, eram-lhes retirados os passaportes e os mesmos eram forçados a trabalhar "sob ameaça, violência física e psicológica". A PJ revelou também que os trabalhadores chegavam a ter que trabalhar entre as cinco da madrugada e as 22 horas, "sem folgas e sem salário". Esta situação perdurou entre abril e junho do corrente ano, até se dar a fuga das duas vítimas que salvaram mais sete pessoas que se encontravam nas mesmas circunstâncias. O retorno das vítimas para o seu país foi providenciado pela Polícia Judiciária e a GNR de Mirandela em articulação.
O suspeito que residia em Carrazeda de Ansiães, foi detido no país de origem, no cumprimento de um mandado de captura internacional e já foi levado ao Tribunal de Vila Flor, onde se encontra em prisão preventiva.
O alegado cabecilha terá fugido para o seu país de origem, mas acabou detido e extraditado para Portugal, numa integrada no cumprimento de mandados de detenção europeus, contando com a colaboração de polícias internacionais.
Porto Canal
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