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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Evitar a propagação das chamas antes da chegada dos bombeiros

Quase a terminar a fase Charlie, a época mais crítica dos incêndios, damos-lhe a conhecer melhor o trabalho de quem tem uma missão, que muitas vezes passa despercebida: a de os detectar e combater, numa fase inicial. Fomos ao Posto de Vigia da Serra de Nogueira, onde é possível observar o trabalho dos vigilantes, da Autoridade Nacional para a Protecção Civil e da GNR.
No distrito de Bragança, há 11 postos de vigia e dois centros de meios aéreos: um na Serra de Nogueira, no concelho de Bragança, e outro em Alfândega da Fé. O da Serra de Nogueira é o único do distrito ao lado de um Centro de Meios Aéreos.

Os postos de vigia são da responsabilidade do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) que recorre a vigias contratados externos à GNR.

Além dos vigias e de um elemento da Autoridade Nacional de Protecção Civil, há outros operacionais na Serra de Nogueira, mais especificamente no Centro de Meios Aéreos: militares do Grupo de Intervenção e Socorro da GNR (GIPS), além da tripulação do meio aéreo, neste caso um helicóptero, que inclui o piloto e o mecânico.

Na fase Charlie, que decorre de 1 de Julho a 30 de Setembro, há nove militares do GIPS diariamente na Serra da Nogueira e seis em Alfândega da Fé.

Trabalham 12 horas por dia, à espera que lhes seja atribuída uma missão. ““Depois de receber o despacho do CDOS, que atribui a missão aos elementos do GIPS, são mobilizados para o teatro de operações onde procuram rapidamente extinguir o incêndio e regressar à base para estarem prontos para uma nova missão. Procuramos sempre actuar com rapidez e evitar que o incêndio ganhe grandes proporções”, explicou o capitão Pedro Fernandes, comandante da 7ª companhia do GIPS, ou seja a companhia  do distrito de Bragança.

Ser militar do GIPS pode significar duas sensações bem diferentes. Por um lado, missões cheias de adrenalina, em que chegam ao local de helicóptero e combatem o incêndio. Por outro, quando não há missões, as 12 horas diárias na Serra da Nogueira podem custar a passar. “Quando temos dias mais tranquilos, aproveitamos para conviver e também para renovar alguns conhecimentos. Há quem goste de ler, há quem aproveite para se actualizar e rever a legislação”, contou o militar Chalana Barroso, de 29 anos.

Os edifícios onde estão instalados os militares do GIPS na Serra de Nogueira, em Bragança, e em Alfândega da Fé são propriedade dos respectivos municípios. A autarquia de Alfândega anunciou que vai investir cerca de 400 mil euros na melhoria do heliporto e na construção de um edifício junto a esta infra-estrutura, já no próximo ano.

 Já o Município de Bragança não revela se tem algum projecto para o edifício da Serra, que, tal como constatámos, necessita de obras.

“Evitar a propagação das chamas antes da chegada dos bombeiros” é o objectivo destes profissionais e o tema de uma reportagem para ouvir esta quarta-feira na Brigantia, depois das notícias das 17 horas  e das 21 horas e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.

A fase Charlie deveria terminar na próxima sexta-feira mas o governo está a equacionar a hipótese de alargar o período crítico de incêndios até 15 de Outubro, devido às condições meteorológicas que prevêem tempo seco e quente e ventos para os próximos dias. 

Escrito por Brigantia
Sara Geraldes

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