Pedro Soares observou que os resíduos ainda continuam a arder, desde o último incêndio, no final de Fevereiro, e a população queixa-se do perigo e dos maus cheiros e fumos. O deputado do Bloco de Esquerda considera que se trata de uma situação inadmissível que tem de ser resolvida, defendendo que se a empresa que ali depositou os resíduos nem a própria entidade responsável pelo arrendamento do espaço, a Agro-industrial do Nordeste, constituída pelas autarquias de Mirandela e Vila Flor, não têm capacidade de retirar os resíduos, então Pedro Soares defende que, em última instância, seja a administração central a resolver o caso.
O também presidente da Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação vai questionar o Governo sobre este assunto e pretende confrontar o ministro do Ambiente, numa reunião que disse ter agendada para 13 de setembro.
Pedro Soares conclui que pode mesmo estar em causa responsabilidade criminal dos administradores da empresa em causa. “É uma bomba ambiental que não pode deixar de ter uma resposta do governo”, enfatizou Pedro Soares. Se a empresa se recusa a resolver a situação, o Estado deverá garantir essa intervenção e posteriormente responsabilizar os gestores da empresa.
Pedro Fonseca denunciou mesmo que esta situação já começa a ter consequências, relatando o encerramento do restaurante que se encontrava instalado no interior do complexo, alegadamente por falta de clientes devido aos cheiros e fumos lançados pelos resíduos que continuam a arder.
O deputado do Bloco de Esquerda, Pedro Soares, defende que, em última instância, seja a Administração Central a tomar a iniciativa de retirar os resíduos do armazém do complexo do Cachão que ardeu, em Fevereiro.
Recorde-se que depois do último incêndio, a CCDRN fez saber que a empresa Mirapapel não estava autorizada a armazenar o material naquele local" e já tinha sido alvo de autos de contraordenação e ordens para remoção dos resíduos e deposição em aterro adequado", nomeadamente uma coima de 38.500 euros.
A empresa alega que não tem condições para proceder à retirada dos resíduos e a Câmara de Mirandela fez saber que se trata de um esforço financeiro insuportável pelo orçamento municipal.
Escrito por Terra Quente (CIR)
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