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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 11 de setembro de 2016

Feira das Cebolas de Chacim a manter a tradição

Como manda a tradição, dia 10 de setembro voltou a ser dia de comprar cebolas na aldeia de Chacim.
Uma das feiras mais antigas no concelho, que data já do tempo de Dom Dinis, onde a cebola é rainha numa freguesia que  já foi sede de concelho.
Um dia de festa para os habitantes da aldeia, eles que trabalham para manter a tradição, como refere José Génio, Presidente da Junta de Freguesia.

“Para nós o dia desta feira é feriado em Chacim, calhe em que dia da semana calhar.

Os produtores não querem que a tradição da Feira da Cebola acabe pois já é muito antiga.

Eu também sou produtor de cebola, tenho de incentivar os outros para que cultivem, tenho de dar o exemplo.”

Entre os vendedores encontramos cebolas para todos os gostos e carteiras.

“Manuel da Silva: Já sou produtor de cebola há muitos anos e há muito tempo que faço esta feira, venho todos os anos.

Tenho cabos de cebola para 10€ e 4€. A diferença está entre os cabos está em ter cebola mais miúda ou mais graúda.

Alberto Silva: Toda a vida produzi cebolas. Os cabos das minhas cebolas custam 5€, são todos iguais.

Este ano já vendi algumas e penso que há mais gente do que no ano passado.”

Uma feira onde o mote, claramente, é a cebola, mas quem a visita pode encontrar de tudo um pouco.

Entre os visitantes encontramos quem seja principiante por estas bandas, mas também quem faça de tudo para não faltar um único ano. É o caso de Maria Teles e José Lino.

“Maria Teles: É a primeira vez que venho a esta feira. Acho que é uma feira bonita, gosto. Já comprei duas batas por cinco euros e agora vou comprar oito panos por outros cinco. É uma boa feira e deve continuar.

Quanto a cebolas, se encontrar um cabo delas vermelhas levo.

José Lino: Estou no estrangeiro e tento estar sempre por cá na altura da feira, só mesmo se não puder.

É uma feira importante para a aldeia pois traz mais movimento e comércio, e são tradições que se devem guardar.”

Uma feira que foi alterando ao longo dos anos mas que deixa memórias em quem nasceu na aldeia, recordadas agora por duas habitantes, Ernestina Paredes e Raquel Meles.

“Ernestina Paredes: Vivi 32 anos em Lisboa mas vinha sempre a esta feira, de propósito. 

Esta feira é um espetáculo, só é pena não termos cá o gado que tínhamos antigamente. Eu costumava guardar aqui as cabras e era muito lindo. No sábado antes da feira vínhamos jogar à cebolada uns com os outros e era muito bonito, agora já não se faz isso.

Raquel Mela: Eu tenho muitas recordações da feira antigamente, era pequena e vínhamos vender cebolas mas também gostava muito da noite antes da feira, era divertido.”

Os animais foram substituídos por outros produtos, o que levou a que alguns vendedores se adaptassem, é o caso de Otília Cieiro que vem de Mogadouro.

“Sou de Mogadouro. O meu marido já faz esta feira há cerca de 40 anos.

Primeiro vendíamos utensílios para os animais mas ultimamente o nosso é a fruta, batata e cebola.

Antigamente vinham muitos rebanhos e eu cheguei a ver cá esses animais.

Hoje em dia vendo cebolas, batatas, pêras, ameixas, pêssegos de quatro qualidades, maças, uvas, vagens secas, sementes, aveia, cevada, centeio e trigo.”

Além de uma tradição que tem sobrevivido aos tempos, é, sobretudo, uma forma de convívio e de dinamização da economia local, nas palavras de Carlos Barroso, vice-presidente do município macedense.

“A Feira das Cebolas é uma feira anual aqui na aldeia de Chacim onde há tradição e um potencial negócio. As pessoas da aldeia e de terras adjacentes comercializam aqui as suas cebolas, o que é importante para a economia local, sendo estas feiras também um local de encontro, troca de opiniões e convívio.”

A Feira das Cebolas de Chacim, por mais um ano, a manter a tradição viva e atrair visitantes à localidade.

Escrito por ONDA LIVRE

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