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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Mais de uma centena e meia de caretos invadiram as ruas de Salsas na Festa dos Reis

A aldeia de Salsas, no concelho de Bragança, foi invadida por mais de uma centena e meia de caretos portugueses e espanhóis, no passado sábado. A iniciativa, que vai já na terceira edição, serve para comemorar o dia de reis e insere-se num cartaz de 3 dias, que contemplou várias actividades relacionadas com as tradições de Inverno.
Filipe Caldas, da organização, descreve as principais características da Festa de Reis desta aldeia. “Em Salsas, a Festa dos Reis, segundo a tradição, dura do dia 1 ao dia 6. Todos os dias, à noite, os rapazes vestiam-se com os seus fatos e com as suas máscaras, entravam nas casas, chocalhavam as meninas e roubavam o fumeiro. Depois, iam para uma casa onde houvesse uma lareira e acabavam por comer o fumeiro e beber uns copos. No dia 6, os rapazes tiravam as máscaras e os mordomos das almas iam fazer um peditório pela aldeia e cantar os reis. Desde há três anos que, além destas tradições, também fazemos um desfile com vários grupos de caretos portugueses e espanhóis”, explicou.  

Já o presidente da Junta de Freguesia, Pedro Zoio, não tem dúvidas de que esta é uma boa forma de divulgar as tradições de Salsas e de potenciar o turismo. Por isso, garante que a iniciativa é para continuar. “É uma maneira da nossa cultura e das nossas tradições chegarem mais longe. De ano para ano, temos tido mais grupos, mais visitantes e, a nossa tradição chega cada vez mais longe. É para continuar”, referiu.

Actualmente, as tradições ligadas à passagem de ano, como a queima do ano velho, juntam-se com as tradições associadas aos reis, como o desfile de caretos pelas ruas e o assalto ao fumeiro.

Actividades que a população de Salsas quer que continuem a realizar-se, para que não desapareçam. E são cada vez mais os turistas, sobretudo portugueses e espanhóis, que se deslocam à aldeia para assistir a estas festividades. “Já conhecia. Venho aqui há muitos anos e acho muito importante que se mantenham estas tradições. Acho que esta iniciativa, da Junta de Freguesia e da Câmara são muito importantes para manter, no fundo, aquilo que é nosso e faz parte da nossa identidade”, referiu João Silva, de 66 anos, natural de Idanha a Nova e que casou em Salsas.  

Já Andrés Marín, veio de Madrid, de propósito para fotografar os caretos. “É a primeira vez que venho a Salsas mas há mais de 10 anos que estou focalizado nesta zona. Conheço Grijó, Bemposta… muitas mascaradas… São, realmente, fantásticas”, contou o fotógrafo, que há 25 anos investiga ritos e tradições populares da Península Ibérica.

Um dos pontos altos da Festa dos Reis de Salsas foi o desfile de 18 grupos de caretos, no sábado à tarde

No próximo ano, esta festa deverá servir também para inaugurar um museu dedicado à máscara, que vai ser instalado na antiga estação de comboio da aldeia.

O projecto foi candidatado à última edição do Orçamento Participativo de Bragança, tendo sido contemplado com 42 mil euros. 



Escrito por Brigantia
Sara Geraldes

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