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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Romance histórico retrata vida de judeus transmontanos no início do século passado

Saber e registar como é que se vivia no início do século XX em Trás-os-Montes, mais precisamente, no Sul do distrito de Bragança, foi o propósito que levou Carla Guerreiro a convidar Lídia Machado dos Santos para juntas escreverem um livro.
As duas professoras no Instituto Politécnico de Bragança, e escritoras. A quatro mãos fizeram nascer “Terras d’Encontros”, que se passa em Lagoaça, concelho de Freixo de Espada à Cinta.

Carla Guerreiro é natural daquela aldeia do Planalto Mirandês. Convidou Lídia Machado dos Santos porque queria ver em livro temas que nunca tinha visto abordados.

“Como é que os judeus ainda cultivavam a sua religião e os seus princípios culturais, ou se ainda o faziam. Até que ponto isso era verdade ou mito, porque eles estavam já perfeitamente diluídos na cultura cristã. E como é que se vivia efetivamente em inícios do século XX.

As novas gerações menos noção têm, e é importante registar.”

Um romance histórico, com personagens ficcionadas, inspiradas em pesquisas e conversas feitas ao longo de dois anos.

Carla Guerreiro – A cultura judaica e maneira como ela foi sendo preservada ao longo dos tempos, apesar de todos os pesares. De todas as perseguições, todas as condenações, discriminações e ostracizações de que todos os portugueses que partilhavam o judaísmo foram vítimas.

Lídia Machado dos Santos  – E à forma como cristãos e judeus se cruzaram e harmonizaram.

Carla Guerreiro – É uma homenagem aos dois povos. E mostrar como existia um Homem privado e público em termos de comunidade judaica. Publicamente, era de uma certa maneira, não estando de maneira nenhuma a falar de hipocrisia, mas da ‘preservação de’.

Esta obra é também uma homenagem ao judeus e aos cristãos que ficaram, resilientes, na terra.

As autoras têm estado a apresentar este romance histórico. Outros registos foram chegando, e o interesse deixa antever novos planos para as autoras.

Carla Guerreiro- É uma analepse, e são históricas completamente diferentes. Esta questão judaica despertou em nós um interesse muito grande, também por saber o que aconteceu aos que não ficaram na terra, que no séculos XVII e XVIII emigraram para o estrangeiro. O que fizeram e de que formas reorganizaram as suas vidas, e de que forma permaneceram unidos às origens, a Trás-os-Montes.

Lídia Machado dos Santos – A ideia agora é viajarmos, não só no tempo mas no espaço, e irmos ao encontro dessas comunidades.

“Terras d’Encontros” foi este sábado apresentado no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por ONDA LIVRE

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