Na Assembleia Municipal desta semana, em Macedo de Cavaleiros, foi levantada a questão de quando será criada uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) no quartel dos bombeiros locais.
O tema foi lançado pela deputada da CDU, Joana Monteiro, que refere mesmo um atraso na resposta a uma ocorrência numa escola.
“Aquando de uma reunião da Concelhia do PCP e o senhor presidente dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, foi-nos dada a informação que estava em andamento a constituição de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP). Em Bragança e em Izeda foram constituídas duas, resultando da comparticipação da Proteção Civil e da autarquia. O PCP tomou conhecimento que em Macedo de Cavaleiros a EIP não foi criada por falta de comparticipação da câmara municipal. Ora, em conta que a EIP daria uma melhor prestação de socorro às populações, evitando situações como a que se verificou há relativamente pouco tempo, em que um aluno ‘abriu’ a cabeça, e os bombeiros, a 5 minutos do local, demoraram 25 minutos a prestar socorro, solicitamos ao senhor presidente esclarecimentos sobre se confirma esta informação. E com que razões fomentaram a não-criação de uma EIP em Macedo de Cavaleiros”, explica a deputada.
Duarte Moreno, o autarca macedense, garante que não foi bem assim. Inicialmente o município não considerava a EIP necessária, agora que “não há bombeiros voluntários” lançou o pedido. “Isso não é verdade. Na altura em que se criaram as EIP no nosso distrito, e penso que no país, nós tínhamos como posição que esta equipa não era um bem essencial para o nosso concelho, tanto que é o único que não tem, no distrito de Bragança. Mas achamos agora, porque já não há bombeiros voluntários, que devemos ter essa EIP. Então, fizemos o pedido, com a garantia do senhor secretário de Estado da tutela, Jorge Gomes, de que enquanto não houvesse uma EIP para cada um dos concelhos, não existiriam duas num concelho.”
Entretanto, Izeda ganhou a segunda equipa, e Macedo de Cavaleiros aguarda aval da tutela e uma reunião com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Estas EIP destinam-se ao cumprimento de missões, no âmbito da Proteção Civil, e são confiadas aos bombeiros. Segundo explica a Protecção Civil num manual de criação destas equipas como “a disponibilidade do voluntariado não é uniforme ao longo do dia, nos diferentes períodos do ano e nas diferentes zonas do país” as EIP permitem “harmonizar a garantia de prestação do socorro nos concelhos com maior risco e maiores dificuldades em assegurá-lo”. São constituídas por 5 elementos em premência no auxílio à população, e resultam de um protocolo firmado entre a ANPC e as autarquias locais.
Escrito por Onda Livre (CIR)/ Foto: bombeiros.pt
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