O Município optou por adjudicar a realização do corte dos dois plátanos, a especialistas em arboricultura urbana e garantir que parte dos troncos terá tratamento apropriado para, posteriormente, serem expostos e utilizados em atividades pedagógicas. Deste modo, poderão ser apreciados por todos e irão contar a sua história através da disposição dos anéis de crescimento e ao mesmo tempo, estará a contar-se a história da cidade. E, se possível, as partes do tronco entre a área basal e as primeiras pernadas, serão usadas para criação artística por parte de escultores transmontanos.
A necessidade de intervenções profissionais no planeamento de arvoredo em meio urbano conduz ao princípio fundamental a ter sempre em conta que é: plantar a árvore certa no sítio correto. Neste contexto, pode-se afirmar que os dois plátanos não são a árvore certa, nem aquele passeio é o sítio correto.
A opção de corte foi, também, fundamentada em princípios biológicos e numa cultura de respeito pela árvore, uma vez que o plátano não é uma espécie autóctone. Assim, o Município assume o compromisso de plantar muitas mais árvores de espécies autóctones.
A título informativo, refere-se que, em termos técnicos, a arborização em meio urbano deve ter em conta os seguintes aspetos para as espécies a plantar: Não possuir raízes superficiais ou agressivas, não ter frutos, folhas ou flores grandes, não possuir espinhos, não ser tóxica, não ser de grande porte (mais de 20 metros de altura), não possuir madeira frágil, suscetível à quebra (evite árvores de crescimento rápido) e não ser uma espécie invasora.
Existe no Município de Mirandela sensibilidade para as questões da preservação, racional e sustentada, da flora e da fauna.
CM de Mirandela
Sem comentários:
Enviar um comentário