“Os últimos estudos informam que as pessoas não estão sensibilizadas e consciencializadas nem para a doença de Alzheimer, nem para as outras demências, nem para a forma como lidar com elas. E portanto, no nosso país é necessário fazer um trabalho de sensibilização para que se conheçam realmente estas doenças e para que se perceba que não se trata de envelhecimento normal. São diferentes e é possível trabalhar e sermos felizes no nosso dia-a-dia com as pessoas portadoras. Mas também é importante chamar a atenção das pessoas de que ‘a pessoa’ é mais que a demência e portanto nós temos que mudar os nossos comportamentos no dia-a-dia” destacou Marisa Fernandes.
A também fundadora do gabinete de Alzheimer de Mirandela explica que para além da falta de informação há também poucas respostas para estes doentes, mas acredita que pode haver melhorias depois da recente aprovação do plano nacional de demências:
“É importante realizar estas campanhas em todo o país. A nível nacional nós temos carências em todas as respostas sociais ou até outro tipo de resposta para outro tipo de resposta para a pessoa com demência. Saiu o plano nacional de demências recentemente e portanto nós acreditamos que a partir de agora vai ser mais fácil construir outras respostas para estas pessoas. Há ainda muito trabalho para fazer e é preciso começar pela base, que é dar conhecimento às pessoas que a doença existe, saber quais são os sinais de alerta para que possam pedir ajuda atempadamente” contou a também fundadora do gabinete de Alzheimer de Mirandela.
A campanha Amigos na Demência, que visa mudar a forma como o nosso país pensa, age e fala sobre a demência, foi lançada ontem em 20 cidades em todo o país.
Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro
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