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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Festival mostra o melhor do planalto mirandês

Terminou ontem o festival L Burro i L Gueiteiro que, durante quatro dias, deu mais vida às aldeias de Paradela e Ifanes, em Miranda do Douro. Este festival de cultura tradicional pretende mostrar o melhor do planalto mirandês e quebrar o estereótipo de uma cultura parada no tempo.
A iniciativa baseia-se, ao mesmo tempo, na valorização de dois elementos chave da cultura mirandesa: o burro de Miranda e o tocador de gaita-de-foles. O festival, acontece há 16 anos e, segundo Miguel Nóvoa, da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino, tem crescido de forma gradual.

“O pretexto é vir passear para o Nordeste Transmontano com os burros. O passeio com os burros é acompanhado com os gaiteiros e pela música tradicional. Com estas iniciativas damos a conhecer a arquitectura local, a gastronomia, os saberes fazeres. Isto para que as pessoas que vivem cá e os participantes possam usufruir destas actividades. O festival tem crescido de forma gradual e a maioria das pessoas que participam volta a repetir. E mais importante do que isso é que são verdadeiros embaixadores”, referiu Miguel Nóvoa, presidente da direcção.

Na companhia do burro de Miranda, por antigos caminhos rurais, no festival partiu-se à descoberta das paisagens que conduziram ao convívio com as gentes das duas aldeias e de diversas actividades. Paulo Meirinhos, dos Galandum Galundaina, ministrou um dos workshops ao dispor dos participantes e fala de um festival de qualidade.

“O L Burro i L Gueiteiro nunca pretendeu ser um grande festival de massas e tem por isso inscrições muito limitadas para continuar a ser um festival de qualidade. Vem gente que é muito interessada nestas temáticas da natureza. Um exemplo disso é não existirem copos de plástico no chão, toda a gente tem a sua caneca e usa-a. É um ambiente muito tranquilo, limpo em que proporciona o convívio directo com as pessoas das aldeias”, ressalva Paulo Meirinhos.

Partindo à descoberta das tradições e costumes destas duas aldeias, a iniciativa anual, de carácter itinerante, teve mais de três centenas de participantes de todo o país. António da Conceição veio pela décima primeira vez de Braga ao festival e afirma que é necessário haver mais iniciativas que quebrem o isolamento.

“Têm que existir estas e outras iniciativas com ajuda na sua organização das populações e do estado. Quantas mais iniciativas existirem neste sentido, mais se quebra o isolamento. A maior parte das pessoas já se conhecem. É mais fácil organizar um S. João no Porto ou a Semana Santa em Braga. Aqui não há mais nada. Só isto”, opinou António da Conceição.

Passeios com os burros ao som da gaita-de-foles, piqueniques em lameiros, sestas burriqueiras, oficinas criativas, e muita música: foi um pouco disto que o festival, que tem uma componente familiar bem marcada, se fez e anualmente se tem feito.

Escrito por Brigantia
Carina Alves

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