O ano de 2018, que está prestes a terminar, ficou marcado no distrito de Bragança por várias notícias.
A 15 de Dezembro caiu o helicóptero do INEM de Macedo de Cavaleiros, no concelho de Valongo, e causou a morte aos quatro ocupantes. Dois dias depois, foi substituído por uma outra aeronave, mais pequena.
Outro assunto que marcou a actualidade foi o encerramento das estações dos CTT. A prenda natalícia para os vilaflorenses foi o fecho da estação dos correios da vila mesmo depois do município ter interposto uma providência cautelar, no tribunal administrativo de Mirandela. Fernando Barros, presidente do município de Vila Flor, não concordou com a decisão e admite recorrer. "Eu não posso concordar, enquanto autarca do interior, que estas coisas aconteçam fruto de uma privatização que não acautelou exactamente este tipo de serviço universal".
Também com surpresa, a 26 de Fevereiro, os CTT desactivaram em segredo o centro de distribuição postal em Vimioso.
As reivindicações de melhores vias de acessos marcaram também o ano. A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) quer uma a ligação ferroviária do Porto a Zamora, a conclusão do IC5, ligação à Puebla de Sanabria e, por Vinhais, à Gudiña, bem como melhorias nos aeródromos.
Foi anunciada a intenção de que o IC5 poderá sair da alçada da ASCENDI para a Infraestruturas de Portugal. Os autarcas da CIM contestaram. "É uma preocupação porque vai criar problemas a vários níveis. Tem a ver com a própria segurança da via, tem a ver com a manutenção do próprio sistema", esclareceu o presidente da CIM-TTM, Artur Nunes.
Na Estrada Nacional 218, no troço entre Miranda do Douro e a fronteira com Espanha, começaram as obras, em Novembro, depois de quase 10 anos de reclamações. Na mesma via, entre Vimioso e Carção, o perigo iminente de derrocada mantém-se. Jorge Fidalgo, presidente do município de Vimioso, destaca que as obras da Nacional 218 são uma questão de justiça. "Eu não quero acreditar que, seja qual for o governo, que não faça esta justiça. Não é só a Vimioso, é a Mogadouro, a Miranda do Douro, a Freixo de Espada-à-Cinta".
No Plano de Mobilidade do Vale do Tua, foi anunciado o Verão de 2019 como o arranque do sistema de transporte multimodal que estava previsto para Junho de 2017.
Em Março, foi alcançado um acordo sobre a manutenção da Linha do Tua, o que acabou com o impasse existente em matéria de segurança.
O Matadouro do Cachão foi suspenso pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a meados de Dezembro, na sequência de uma inspecção que apontou problemas estruturais relacionados com a antiguidade da infra-estrutura. A actividade das linhas de abate de bovinos e pequenos ruminantes encerrou.
Bragança recebeu a visita de António Costa, primeiro-ministro, no início do ano, e de Marcelo Rebelo de Sousa, em Julho, marcando presença nos 500 anos da Santa Casa da Misericórdia e nos 10 anos do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.
Orlando Rodrigues, tomou posse como novo presidente do Instituto Politécnico de Bragança e Sobrinho Teixeira, foi escolhido para secretário de estado Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. "Foi uma surpresa muito grande", confessou Sobrinho Teixeira.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) chumbou, em Janeiro, o projecto do gasoduto da REN (Redes Energéticas Nacionais), entre Celorico da Beira e Vale de Frades, em Bragança, que atravessaria o Alto Douro Vinhateiro, para fazer a ligação à rede de gás espanhola.
Pode dizer-se que este foi o ano para o processo do lixo do Cachão. A 22 de Outubro, começava, finalmente, a retirada do lixo, com 120 dias para limpar o complexo agro-industrial. Um dia histórico, refere Júlia Rodrigues, presidente da câmara de Mirandela. "Foi muito aguardado pela população e isso torna-se agora realidade e as pessoas já não acreditavam que seria possível retirar esta carga ambiental".
A Sousacamp, depois de ter entrado em processo de insolvência, viu a Assembleia de Credores deliberar que os accionistas e credores da Varandas de Sousa teriam 90 dias para apresentar um plano de recuperação, que será votado na próxima Assembleia-Geral de Credores, ainda não agendada.
Em Junho, foi instalada em Mirandela uma unidade de ataque ampliado do GIPS - Intervenção de Protecção e Socorro, com 50 militares, tendo sido anunciado que seriam instalados 76 no total.
Carla Alves foi seleccionada para liderar a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte por um período de 5 anos.
Na gastronomia, a Mesa de Mirandela, restaurante Maria Rita, no Romeu foi uma das vencedoras na grande gala final do concurso 7 Maravilhas à Mesa. O restaurante G, na Pousada de Bragança, alcançou a primeira Estrela Michelin, para a região.
O ano também foi marcado pelo encerramento de escolas. O Colégio de Torre de Dona Chama, no concelho de Mirandela encerrou portas. Mas os encerramentos não ficaram por aqui. O Colégio Ultramarino Nossa Senhora da Paz de Chacim, no concelho de Macedo de Cavaleiros, também fechou e a Escola Preparatória de Izeda perdeu os alunos do 5º e 6º anos e foram transferidos para a escola Básica Augusto Moreno, em Bragança.
O antigo presidente da câmara de Mirandela, e deputado eleito pelo círculo de Bragança nas últimas legislativas, José Silvano foi escolhido em Março por Rui Rio para novo Secretário-Geral do PSD. "Foi uma surpresa para mim", confessou José Silvano.
Também Silvano se viu envolvido em polémicas, com o caso das “presenças-fantasma”, que rebentou em Novembro. Por duas ocasiões, a sua presença foi validada no parlamento, quando esteve em outros locais.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves, Olga Telo Cordeiro e Maria João Canadas
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(Henrique Martins)
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terça-feira, 1 de janeiro de 2019
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