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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 7 de dezembro de 2019

AGÊNCIA EUROPEIA ALERTA PARA PERDA “ALARMANTE” DA BIODIVERSIDADE

Novo Relatório sobre o estado do ambiente da Agência Europeia do Ambiente, divulgado hoje, defende “medidas urgentes” até 2030. A falta da protecção da biodiversidade é a maior falha.
Poupa. Foto: Wilder/Arquivo
O relatório “O Ambiente na Europa: estado e perspectivas 2020 (SOER 2020)” – a avaliação ambiental mais exaustiva alguma vez realizada na Europa – alerta que “a Europa enfrenta desafios ambientais de escala e urgência sem precedentes”. 
Este relatório, produzido pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) a cada cinco anos, revela que “as tendências ambientais globais na Europa não melhoraram desde o último relatório, em 2015”.
A conservação da biodiversidade é o “domínio em que o progresso tem sido mais desencorajante”, sublinha a AEA em comunicado.
“Dos 13 objectivos de política específicos definidos para 2020 neste domínio, apenas dois serão provavelmente atingidos: designar zonas marinhas protegidas e áreas terrestres protegidas.”
Entre os objectivos onde menos se tem feito estão a protecção de espécies e habitats, nomeadamente espécies comuns de aves e borboletas – em especial as aves de zonas agrícolas e as borboletas de zonas de pastagens -, a protecção dos serviços dos ecossistemas, a conservação de ecossistemas aquáticos e zonas húmidas, o estudo da biodiversidade marinha e os impactes das alterações climáticas nos ecossistemas.
Actualmente, 60% das espécies e 77% dos habitats protegidos pela Directiva Habitats da União Europeia (UE) estão ameaçados.
Foto: Helena Geraldes
“A Europa precisa de fazer melhor, tem de enfrentar determinados desafios de forma diferente e precisa de repensar os seus investimentos.”
A janela de oportunidade é de apenas 10 anos, considera Hans Bruyninckx, director-executivo da AEA, em comunicado.
Domingos Leitão, director-exectivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea), considerou hoje que este relatório “é mais uma prova gigantesca para juntar aos inúmeros estudos científicos que dão provas da crise que criámos a nível planetário”.
Mesmo para a designação de áreas protegidas, a Spea mantém-se céptica. “Sem planos e acções de gestão adequados, estas áreas são protegidas apenas no papel, a perda de biodiversidade continuará”.
“A natureza está a ser apagada da face da Terra, com consequências nefastas para a própria humanidade, e ninguém pode dizer que não sabíamos”, acrescentou, em comunicado.
Macho de sisão. Foto: Pierre Dalous/Wiki Commons
No caso de Portugal, a Spea aponta o dedo “à má aplicação das políticas agrícolas”, nomeadamente o investimento de “milhões de euros na agricultura intensiva, no regadio”. Além disso, “os agricultores cujas explorações estão nas áreas protegidas e classificadas vêem-se impedidos de fazer uma gestão favorável à biodiversidade por falta crónica de apoios do Ministério da Agricultura”.
Para a semana, a nova Comissão Europeia vai lançar o seu Acordo Verde Europeu (European Green Deal). “A resposta dos Governos europeus será crucial para responder à dimensão da crise que temos entre mãos.”
Domingos Leitão apela ao Governo português para “ouvir os cientistas” e “deixar de promover o regadio e a agricultura intensiva, abster-se de autorizar projectos imobiliários e turísticos na linha de costa, acabar com a sobre-exploração dos recursos pesqueiros e proteger as reservas e parques naturais do impacto causado por aeroportos, minas e outros projectos destrutivos”.

Este é o 6º SOER publicado pela AEA desde 1995.

AQUI pode ler o relatório SOER 2020 completo.

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