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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 7 de dezembro de 2019

COMO É QUE OS COGUMELOS SE REPRODUZEM?

Rui Simão, da Ecofungos – Associação Micológica, desvenda alguns dos mistérios destes curiosos seres do mundo natural.
Cogumelo Clathrus ruber. Foto: Alan Rockefeller/Wiki Commons
Os cogumelos, não sendo animais nem plantas, pertencem ao reino dos fungos e correspondem “às frutificações visíveis do micélio”, a estrutura filamentosa dos fungos que costuma ser subterrânea. Esta estrutura pode encontrar-se, por exemplo, “no solo sob a folhagem, no interior de árvores velhas ou em troncos caídos”, descreve Rui Simão.

Na verdade, “podemos dizer que os cogumelos são como maçãs presas a uma enorme macieira, que neste caso seria o micélio”, nota este especialista.

E tal como as maçãs produzem sementes, os cogumelos produzem esporos. “Na maior parte dos cogumelos que conhecemos como tal, os esporos são produzidos na parte inferior do chapéu – nas lâminas, tubos, agulhas ou pregas.”

Muitas vezes, um único cogumelo consegue produzir milhares de esporos, que são libertados no ar ou caem no solo. Muitos destes são transportados para longe, pelo vento, mas há cogumelos que utilizam outras estratégias.

Por exemplo? “A espécie Clathrus ruber – conhecida como ‘“gaiola de bruxa” – tem nos insectos um apoio ao transporte dos seus esporos. Na fase final de maturação deste cogumelo, os esporos estão liquefeitos e ficam impregnados no corpo dos insectos, que poisam sobre a estrutura em forma de gaiola.” Foram ali atraídos pelo cheiro nauseabundo deste cogumelo, que imita carne em decomposição.

Os fungos fazem sexo

A reprodução acontece principalmente entre o Outono e o Inverno, normalmente de uma forma: os esporos encontram outros geneticamente compatíveis e fundem-se. É como se os fungos fizessem sexo. Quando isso acontece, “asseguram uma maior variabilidade genética e mais possibilidades de sobrevivência a longo prazo”, acrescenta Rui Simão.

E, apesar de serem microscópicos, “a deposição dos esporos é visível à vista desarmada” e é conhecida por ‘spore print’. Essa característica é muito útil para ajudar a identificar algumas espécies diferentes, indica o responsável da associação Ecofungos.

Mas para começar, pode procurar estas cinco espécies de COGUMELOS que surgem por esta altura no Jardim Gulbenkian e noutros espaços verdes, um pouco por todo o país.

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