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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Santo Estêvão anima aldeia brigantina de Parada

“O carro não pode parar”: este é o lema da festa de Santo Estêvão da aldeia de Parada, no concelho de Bragança. Festa começou ontem e decorre ao longo do fim-de-semana.
Um carro de bois, carregado com os mordomos que fazem a festa, é puxado por homens. Este ano, a também chamada a “festa dos rapazes”, é organizada por quatro mulheres. Ana Rodrigues é uma das mordomas e apesar de viver no estrangeiro quis fazer parte da tradição. "Eu sou emigrante, já nasci lá fora mas sempre vi esta tradição e sempre gostei e assisti e venho de propósito. Vai-se fazer um peditório à volta do povo, amanhã, e com esse dinheiro vamos comprar polvo e bacalhau e vamos fritá-lo para o povo inteiro no próximo Santo Estêvão".

Antigamente, a festa era feita por homens casados e eram os solteiros quem puxavam o carro. Com o passar do tempo, a tradição tem vindo a alterar-se devido à falta de juventude na aldeia. "Já nasci nisto e já fui criado com isto. Fomos educados todos, desde pequenos, a ajudar os mais velhos. Hoje somos nós, os casados, porque infelizmente não há quem acompanhe", disse um dos participantes. "A malta mais velha tenta puxar os mais novos para que a tradição nunca acabe, já a temos há muito tempo e é pena deixá-la acabar", referiu outro dos participantes.

A animação contagiou a população e, tal como Infância Afonso, as pessoas saíram à rua para ver o carro de bois passar. "Já nasci com esta animação e hei-de morrer".

E assim se se cumpriu, mais uma vez, a festa de Santo Estêvão, em Parada, concelho de Bragança com o desfile do carro de bois, carregado com as mordomas, que a partir de hoje vão angariar dinheiro para comprar o Bacalhau, a Sardinha e o Polvo para oferecer no próximo Natal à população.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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