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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

COMO ACASO TORNOU FAMOSO NOTÁVEL COMPOSITOR

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


Quando, no final de Janeiro, de 1901, faleceu Verdi, as ruas de Milão, coalharam-se de mais de duzentas mil pessoas, para se despedirem do grande e riquíssimo compositor, que havia destinado a fortuna a Fundação, por ele criada, para acolher artistas idosos.
Mas, antes de alcançar a celebridade, e a enorme fortuna, Verdi, passou muitas dificuldades financeiras.
Filho de pobre negociante de vinho, raramente convivia com jovens da sua idade. Extremamente tímido, brincava sozinho; e sozinho passava os dias, apartado de todos.
Aos sete anos, coadjuvava nas tarefas da paróquia, e aprendia música com o organista, que tocava nas cerimónias religiosas.
Este, entusiasmado com o talento do rapaz, não se cansava de o gabar, por todos os locais de Busseto.
António Barezzi, era Presidente da Sociedade Filarmónica de Busseto, e proprietário de mercearia, muito afreguesada. Ouviu falar do talento musical de Verdi, e resolveu auxiliá-lo.
Inscreve-se, então, no Conservatório… mas fica reprovado! …Foi, depois, discípulo do Maestro Lavigna.
Por mero acaso, convidaram-no para substituir o Chefe de Orquestra, na estreita de: “Criação”, de Haydn.
Verdi, apesar de receber várias propostas, regressa a Busseto, dedicando-se a ensinar música e a dirigir a Filarmónica.
Com vinte e seis anos, escreve a primeira ópera. Vive com dificuldade. A ópera agradou à Editora Ricordi, que a comprou. Também o empresário Merelli, encomendou-lhe três óperas.
Morre Margherita, sua mulher, filha do benfeitor Barezzi de Busseto. Bastante abalado, continua a trabalhar, afincadamente.
Entretanto Solera, escreve obra sobre Nabucodonosor. Inspirado no livro, Verdi, compôs: “Nabucco”.
Na estreia, Verdi, está presente na orquestra. Foi um sucesso!
Mas…para admiração do compositor, uma manhã, todas as ruas, por toda a parte, só se ouvia e se falava: Verdi.
Atónito, descobre rapidamente, que não era em sua homenagem, mas sim ao Rei Emanuel, prestada pelos seus admiradores, de forma velada:
VERDI eram as iniciais de: Victor Emanuel Rei De Itália.
Por simples acaso, o compositor tornou-se famoso! …
Verdi, faleceu com 88 anos, a 27 de Janeiro, de 1901, cheio de glória.
Eis, em resumo, a biografia de rapaz pobre, que morreu rico. Rapaz introvertido, que se tornou famoso, pelo genial talento… e por simples acaso ou aproveitamento politico.

Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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