O artesão, Pablo Carpintero, e a sua esposa, Rosa Sanchez, deram a conhecer uma parte da sua colecção no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, em Bragança.
“Aqui há sobretudo gaitas antigas. O que nós tentamos é preservar o som de antes, não o moderno. Mas o que nós gostamos mesmo é de cuidar o som antigo. Fazemos as réplicas das gaitas, com as palhetas originais, com a escala musical original e também construímos tambores iguais aos originais. Tocamos reportórios antigos com a mesma técnica que tocavam os gaiteiros de cada zona”, explicou Pablo Carpintero.
Na exposição é possível ver 30 gaitas de foles, originais e réplicas, e também perceber a história musical à qual pertenceram. Mas há uma que é especial para Pablo Carpintero: a gaita do seu avô. Foi através dele que se apaixonou pelo som deste instrumento e se tornou gaiteiro.
“O meu avô era médico, mas também foi gaiteiro. E esta gaita foi a gaita com que eu aprendi a tocar quando eu era pequeno. Eu sou gaiteiro porque o meu avô gostava disto. E para construir uma gaita é preciso também ser músico”, contou.
A exposição “Gaitas de Foles do Nordeste da Península Ibérica”, de Pablo Carpintero e Rosa Sanchez, foi inaugurada ontem e encerrou a IX Bienal da Máscara- MASCARARTE, em Bragança.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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