“É intenção nossa renovar as instalações, adaptá-las as novas circunstancias, aos novos tempos, pois foram construídas para um momento que já não é bem o mesmo.
Queremos também melhorar a eficiência energética e tudo aquilo que possa tornar as instalações mais cómodas e práticas para prestação de apoio.
É um processo que leva o seu tempo.”
Já houve conversações com a autarquia nesse sentido e está a ser dado andamento ao processo, explica Paulo Rogão, vereador da Proteção Civil do município de Macedo:
“Como eles não têm técnicos que possam fazer esse projeto, a câmara disponibilizou-se, juntamente com a Associação de Municípios da Terra Quente, para estes poderem trabalhar em conjunto com o arquiteto Pedro Venceslau.
Agora terá de ser elaborado o projeto e, simultaneamente, os serviços da autarquia estão também a registar o quartel em nome da associação, para que depois, quando o aviso surgir, possamos candidatar-nos com todos os elementos necessários a que o programa o exige, de forma a que a candidatura possa ter êxito.”
Declarações à margem do aniversário de 99 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, que se assinalou ontem.
O presidente, João trovisco, aproveitou a ocasião para lembrar algumas necessidades da associação, como por exemplo, a renovação da frota:
“Continua a ser uma das necessidades, assim como equipamento.
Esta é uma casa que tem de, ano após ano, ir renovando a frota e outros equipamentos que se vão gastando, e as dificuldades continuam, e até acrescem.
Por isso, nunca teremos todos os meios necessários mas, atualmente, podemos afirmar que os Bombeiros de Macedo se portam muito bem, estão no caminho certo e estão aqui para ajudar, sempre que for necessário, a todo aquele que bater à porta.”
Para colmatar algumas das carências dos bombeiros, a autarquia incluiu no orçamento para 2022 uma verba extra de 27 mil euros, além do protocolo anual, para a aquisição de material, identificado como mais necessário.
Algum já chegou ao quartel e o comandante, João Venceslau, refere a importância que vai ter no trabalho diário dos operacionais:
“Este material faz falta porque acaba por complementar equipamentos que nos temos.
Falamos de cinco áreas, algumas materiais e outras de cariz formativo, este último que também é importante e diariamente tem de ser facultado através de cursos.
Tivemos apoio na área da proteção individual, com equipamentos respiratórios.
Depois também na área de emergência, na qual os equipamentos são diversos, como desfibrilhadores, monitores, ventiladores e material de imobilização.
Ainda na área do próprio fardamento que era deficitário e necessário, pois temos de cumprir a legislação e dotar o operacional do necessário para a sua missão.”
O comandante frisou ainda que, devido à pandemia, os últimos tempos têm sido de desafios constantes para a corporação mas, apesar disso, garante que sempre foram capazes de assegurar o socorro:
“É um desafio diário e tivemos de encarar os conhecimentos que tínhamos na altura, e até o próprio equipamento que possuíamos, escasso e inadequado, para conseguir responder em segurança. Tivemos diversos apoios, inclusivamente da sociedade civil, que nos ajudou com grande parte do equipamento que, posteriormente, utilizamos.
Fomo-nos habituando, aprendendo e adaptando, de forma a que, em momento algum, estivéssemos inoperacionais, e durante 24 horas mantivemos a mesma disposição que tínhamos quando a pandemia chegou.
Sabíamos que bastava termos um problema entre os colaboradores que, por sua vez, iria ser replicado por outros. Felizmente eles conseguiram entender e conseguimos passar a mensagem.”
Neste momento, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros tem 32 bombeiros assalariados e entre 60 a 70 voluntários. Um número que, de acordo com o presidente, se tem mantido estável nos últimos anos.
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