O bombo é o membranofone de maiores dimensões usado em Portugal. Também é conhecido como o grande tambor. É constituído por uma caixa circular de madeira, ou folha de ferro, coberta na parte superior e inferior por uma pele esticada e apertada nas extremidades por parafusos de pressão.
É tocado na vertical, geralmente só numa das peles com uma baqueta grossa, chamada maceta. Não tem bordões nas peles, colocadas dos dois lados da caixa-de-ressonância e que podem ter até um metro de diâmetro, o que lhe dá uma sonoridade profunda.
Quem o vê passar pendurado ao pescoço do instrumentista, não pode deixar de sentir uma espécie de respeito. Este vai aumentando à medida que ele levanta a maceta para dar pancada atrás de pancada.
Os bombos são tocados em grandes grupos de percussão, e as principais regiões onde é utilizado são:
– Beira Baixa (onde até existe o museu “Casa do Bombo”),
– Minho,
– Douro Litoral e
– Beira Litoral (onde surge integrado nos conjuntos de “Zés Pereiras”).
Pelo seu poder rítmico e pela sua forte sonoridade, os grupos de bombos têm um impacto muito forte no seu auditório. Permitam-nos destacar o Grupo de Bombos de Lavacolhos, aldeia localizada no concelho do Fundão, que concorre sempre para a solenização de todos os momentos importantes da respetiva vida colectiva.
Os Bombos de Lavacolhos
Sobre os Bombos de Lavacolhos, escreveu o Dr. Carlos Gomes: “Calculando-se que existem desde há mais de trezentos anos, os Bombos de Lavacolhos actuavam obrigatoriamente por ocasião da Festa do Senhor da Saúde. Esta ocorre no terceiro domingo do mês de Agosto e ainda na véspera de Santa Luzia, festividade que tem lugar a 15 de Setembro, mas sempre à margem das celebrações litúrgicas.
O ritmo é cadenciado e violento mas de simples execução, não seguindo uma regra que obrigue à transmissão, de geração em geração, do seu saber, deixando antes à iniciativa do executante a liberdade da imitação. Aos jovens compete apenas a tarefa de se iniciarem na arte de tocar o bombo de modo a preservarem o rito tradicional.
A arte de fazer rufar o bombo em Lavacolhos consiste em fazer ressoar a membrana de pele de cabra de forma ritmada, sendo característica a forma como o tocador conserva o pé esquerdo sempre à frente, suportando o bombo com a perna e fazendo-o saltar sempre que com a maceta lhe desfere violentas pancadas que o fazem ressoar de uma forma única.”
Em desfiles e fanfarras, o bombo é transportado à frente do peito, pendurado nos ombros por cintas de couro, e nesta situação é, normalmente, percutido em ambas as membranas, por duas macetas, uma em cada mão.
Os tambores portugueses
Os tambores portugueses são de um tipo comum: bimembranofones com caixa-de-ressonância cilíndrica, e peles tensas por meio de cordas ou parafusos que, apoiados em aros, esticam uniformemente as duas peles.
Das Tunas
Normalmente, não fazem parte quaisquer tipo de bombos ou tambores.
Fonte: imagens insertas e compilação de textos recolhidos e adaptados da internet | Imagem de destaque
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