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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Rio Tua poluído, população aponta o dedo a empresa da zona de Frechas

 A poluição voltou ao rio Tua, entre Latadas e Frechas, no concelho de Mirandela, onde, este domingo, era bem visível a sujidade, muita espuma e uma mancha de óleo ao longo de uma vasta extensão do leito de água.


Os habitantes de Frechas afirmam que houve várias descargas durante a última semana e apontam o dedo a uma fábrica de produção e refinação de óleos alimentares, situada no lugar de Latadas. “Desde a passada segunda-feira, já são três descargas que vêm para o rio. Já estou aqui há 15 anos e é sempre esta miséria, porque deita cheiro e fica tudo preto, com lamas e cheio de borras”, conta a proprietária de um bar à beira rio.

“Já não tem conta as vezes que isto aconteceu. É um cheiro que nem sequer se pode parar aqui. Isto parece óleo que é da fábrica”, aponta outra habitante.

“Todos os anos, ao chegar a esta altura que forçam a produção de baga de azeitona, a fábrica não tem outra forma, porque não têm sistema de tratamento dos resíduos produzidos na fábrica e libertam para o rio. Como o caudal está baixo nota-se com mais frequência e o leito do rio está coberto de uma substância melada da fábrica”, aponta mais um habitante.

confrontado com as queixas dos moradores de Frechas, o proprietário da fábrica das Latadas limitou-se a dizer que não tem conhecimento de qualquer tipo de descarga poluente efetuada para o rio Tua, por parte da sua empresa.

No local, já esteve uma equipa do Núcleo de Proteção Ambiental da GNR de Mirandela que redigiu um auto de notícia e informou a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) sobre o caso, cabendo àquela entidade avaliar da necessidade de fazer recolha de amostras da água para análise laboratorial, no sentido de conferir se estamos perante um crime ambiental.

Também o vereador da autarquia, Vítor Correia, já esteve no local e da empresa obteve a resposta de que se terá tratado de um incidente pontual. “Relataram que se tratou de uma avaria, possivelmente provocada pelo gelo de uma máquina que faz um bypass entre uma estação e outra e que terá provocado uma rutura e o extravasamento das águas”, adianta.

Vítor Correia revela que a empresa tem vindo a fazer melhoramentos na unidade. “Têm em adjudicação uma ETAR que deve estar pronta lá para maio ou junho”. O vereador admite que a situação preocupa, mas “não parece que tenha sido de grande gravidade, porque nesta altura já não se vislumbra qualquer vestígio”.

Ainda assim, ressalva que o Município vai ficar a aguardar os relatórios da APA e da GNR, para agir em conformidade.

Já no Verão de 2017, foram encontrados milhares de peixes mortos, no mesmo local, alegadamente provocados por uma descarga poluente, e em maio de 2018, também foi visível uma mancha negra na água com um cheiro insuportável.

O presidente da junta de freguesia de Frechas, José Carlos Teixeira, diz já ter alertado as entidades sobre estes casos, mas até agora não tem havido qualquer desenvolvimento.

Fonte ligada a este tipo de processos, adianta que, mesmo sendo aplicados autos de contra ordenação às fábricas alegadamente prevaricadoras, com coimas a rondar os 30 mil euros, os processos arrastam-se nos tribunais, sendo muito difícil de provar as causas dos crimes ambientais, a não ser que sejam apanhados em flagrante delito.

Fernando Pires

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