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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Quatro restaurantes em Trás-os-Montes onde comer fumeiro tradicional

 Na época fria, os enchidos destacam-se à mesa.

Restaurante Tasca do Zé Tuga, em Bragança. Na imagem: trufa, figo, salpicão, repolgas e chouriça de carne. (Fotografia de Nuno Pinto Fernandes/GI)

Adega O Fumeiro | Montalegre

É das casas do género mais antigas de Montalegre, onde se respira a tradição barrosã na comida e no espaço construído em pedra e madeira. Nuno Pedreira, que abriu este restaurante há 30 anos, tem orgulho na sua cozinha regional, onde o cozido à moda do Barroso sobressai entre tantas iguarias. “Só leva as melhores carnes e enchidos de porco. Mas temos também a vitela à barrosã, que tem muita procura. Tudo pratos de substância, bem à moda transmontana.”

O fumeiro do Barroso é uma das grandes apostas desta casa, que assenta a sua gastronomia no receituário do concelho de Montalegre. “Temos uma cozinha regional e confecionamos o nosso fumeiro com produtos caseiros. O cozido é um grande chamariz, muita gente vem cá cima, ao interior, para comer este prato, bem forte e quente, muito bom para os meses frios. Até junho, o cozido tem saída”, descreve o proprietário.

Restaurante Beça | Boticas

Ir a Boticas e não comer um cibo de salpicão ou uma rodela de chouriça de carne é como ir a Roma e não ver o Papa. Afinal, esta é a terra da festa do porco, cuja feira anual atrai milhares de visitantes. É do porco e seus derivados, com destaque para o salpicão, os rojões os presuntos que se faz a cozinha regional do Barroso, traduzida em pratos que aquecem qualquer estômago e que sabem melhor junto ao calor que vem das lareiras das cozinhas, que ajudam a comida a ganhar aromas e sabores inconfundíveis.

Inaugurado em 2001, o Restaurante Rio Beça, instalado no hotel como o mesmo nome, destaca-se pela gastronomia típica e diversificada, tendo como expoente máximo a suculenta carne de vitela barrosã (DOP) e o famoso cozido barrosão, mais a feijoada à transmontana, com fumeiro local, ou o cabrito barrosão, o javali com castanhas e ainda o presunto, a alheira e a linguiça.

Tasca do Zé Tuga | Bragança

O fumeiro e os cogumelos são produtos que o chef Luís Portugal gosta de combinar na Tasca do Zé Tuga, com vista para o Castelo de Bragança. A estes dois ingredientes junta outros das terras transmontanas, de acordo com a época do ano. No outono usa a amêndoa e o figo fresco, no inverno acrescenta a casula (feijão seco na vagem) e a castanha. “A trufa de salpicão, amêndoa e figo com a terra de cogumelos é uma entrada muito apreciada. Os cogumelos com alheira e caril são um clássico. Além dos momentos diferentes que servimos sobre um osso de tutano, a que juntamos a castanha, figo fresco, linguiça, cogumelos e queijo fresco”, descreve o chef. O figo com salpicão, diz, nada fica a dever ao foie gras. “Crio propostas mais frescas para épocas em que há menos fumeiro, como agora, também para ajudar os produtores industriais”, acrescenta.

O Geadas | Bragança

O Geadas aposta há cerca de 30 anos na cozinha regional transmontana, sem deixar de acompanhar os tempos. Iracema e Adérito Gonçalves começaram nas lides dos petiscos ainda na casa dos 20 anos, em Vinhais, e nunca mais pararam. Há umas décadas que abriram o restaurante em Bragança. Descrevem assim o seu labor diário: “Preparamos cada prato com o devido empenho e dedicação para lhe proporcionar o melhor que esta região tem para oferecer”.

Os enchidos servidos como entrada, crus ou assados na brasa, e ainda integrados em pratos, como o butelo com casulas (iguaria típica do inverno que alia o enchido de carne com osso ao feijão seco na vagem), são a demonstração diária do lema dos proprietários: “Aqui é onde a tradição ganha vida”.

O fumeiro usado no restaurante é produzido pelos próprios como manda a sabedoria de Vinhais, concelho de onde são naturais.

Glória Lopes

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