Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)
“Com o coração posto nas vozes a ecoar quentes aleluias
Acariciada pelas estrelas, defronte da igreja, de pé
Toca-lhe a alma o deslumbramento de tão doce sinfonia...”
Invisível à luz dos olhares que se passeiam
Indiferente aos vagos brilhos que a cidade ilumina
Desfigurada no vibrante correr de todas as almas sem rosto,
Pés cansados no asfalto nu que o sol apagou
Sob a noite de solidão que arrefece...
Ela, espectro de vida incolor
A filha de tantos lares onde o lume não se acende.
Tonta, ingénua, dizem
Acredita que um dia o Reino será da justiça e verdade.
Ela sabe-o
Porque a lua no rosto lhe pousou como companhia.
E por isso
Com o coração posto nas vozes a ecoar quentes aleluias
Acariciada pelas estrelas, defronte da igreja, de pé
Toca-lhe a alma o deslumbramento de tão doce sinfonia
A preencher-lhe a tranquilidade de silêncios infinitos
Onde desfia, olhos serenos, todos os mistérios... da sua Fé.
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