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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Um Fio de Fé

Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)

 “Com o coração posto nas vozes a ecoar quentes aleluias
Acariciada pelas estrelas, defronte da igreja, de pé
Toca-lhe a alma o deslumbramento de tão doce sinfonia...”


Invisível à luz dos olhares que se passeiam
Indiferente aos vagos brilhos que a cidade ilumina
Desfigurada no vibrante correr de todas as almas sem rosto,
Pés cansados no asfalto nu que o sol apagou
Sob a noite de solidão que arrefece...
Ela, espectro de vida incolor
A filha de tantos lares onde o lume não se acende.
Tonta, ingénua, dizem
Acredita que um dia o Reino será da justiça e verdade.
Ela sabe-o
Porque a lua no rosto lhe pousou como companhia.
E por isso
Com o coração posto nas vozes a ecoar quentes aleluias
Acariciada pelas estrelas, defronte da igreja, de pé
Toca-lhe a alma o deslumbramento de tão doce sinfonia
A preencher-lhe a tranquilidade de silêncios infinitos
Onde desfia, olhos serenos, todos os mistérios... da sua Fé.


Paula Freire
- Psicologia de formação, fotografia e arte de coração. Com o pensamento no papel, segue as palavras de Alberto Caeiro, 'a espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias'.

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