Desta forma, passa de cinco para 10 o número de operacionais efetivos no quartel para prestar socorro à população, abrangendo assim um maior período temporal, sendo que cada uma estará ao serviço por 40 horas semanais, refere o comandante dos bombeiros de Macedo, João Venceslau. "Foi uma aposta ganha porque com a primeira equipa conseguimos melhorar a nossa resposta a nível de prontidão, socorro e emergência. Esta segunda EIP vai permitir uma maior abrangência a nível temporal, das 7h às 22h, de segunda a sexta-feira. Embora este seja um corpo de bombeiros de cariz voluntário, acabam por ser eles os primeiros na primeira intervenção, sendo que o complemento da mesma continua a ser da importância do voluntariado. Melhorámos significativamente a nossa eficácia e prontidão".
Face ao aumento do número de ocorrências nos últimos tempos, o comandante diz ser necessária uma terceira Equipa de Intervenção Permanente, e já deixou o repto à autarquia. "Basta ver estas alterações e eventos extremos que ocorrem, em que a resposta não pode estar limitada só a um determinado período. Vou fazer todos os esforços para que continue a ser assegurado também por voluntários mas que, ao mesmo tempo, haja mais uma equipa de cariz profissional. A necessidade tem aumentado diariamente, cada vez mais e, por isso, para a realidade de Macedo, perante o risco que o território tem, com uma terceira equipa iriamos ficar com uma resposta melhor. Estamos a falar da parte de emergência, intervenção a nível de incêndios e de todos os acontecimentos que ocorrem devido às alterações climáticas".
A parte financeira necessária para manter estas Equipas de Intervenção Permanente em funcionamento é assegurada em 50% pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e a outra metade pelo Município de Macedo de Cavaleiros. Por ano, cada equipa custa a cada uma das entidades cerca de 35 mil anos.
De acordo com o vereador responsável para Proteção Civil Municipal, Paulo Rogão, este é mais um reforço para garantir a proteção da população mas também a defesa da floresta. "A defesa da floresta está na nossa agenda. Temos desenvolvido algumas iniciativas nesse sentido e esta segunda EIP é exemplo disso. É uma preocupação nossa e a defesa faz-se com meios técnicos e humanos. Ficou o repto para uma terceira EIP, vamos ver".
E em breve poderá surgir ainda mais um apoio à defesa da floresta, com a constituição de uma equipa de sapadores florestais para complementar o trabalho da já existente, colocada pelo ICNF. "Estamos a ultimar uma candidatura ao ICNF que vem também neste sentido. Queremos criar uma equipa de sapadores florestais, formada por cinco elementos. Se essa candidatura vier aprovada, será mais uma equipa que iremos ter, juntamente com estas duas EIP, que irão trabalhar na defesa da nossa floresta no concelho".
O protocolo entre a Associação Humanitária de Macedo de Cavaleiros e a Câmara Municipal para a formalização da nova EIP foi assinado ontem.
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