"É no espaço entre as palavras que me sento. No distanciamento entre linhas que, como corredores cheios de sentidos, percorro a passo lento na cadência deste tempo que não me pertence. É um empréstimo, disseram-me quando cheguei. Quando estiver amortizado partirei.
Vivo aqui, entre parágrafos que são salões cheios de personagens, nos pontos finais que param qualquer viagem. Às vezes, soletro-me como quem soluça, outras vezes voo como quem tem asas.
Choro e canto ao mesmo tempo, perco-me neste labirinto onde apenas o singelo fio da minha intuição me pode fazer encontrar a porta por onde deveria sair desta gaiola.
Não quero! Se deixar este lugar, perder-me-ei de mim mesmo, serei apenas mais um número na contabilidade dos dias. Ao menos aqui, sou uma velha alma de bibliotecária que ordena letras e sonha com ser personagem nesta teia de enredos e novelas que desfilam dentro da mente de quem quer ser poeta."
Vivo aqui, entre parágrafos que são salões cheios de personagens, nos pontos finais que param qualquer viagem. Às vezes, soletro-me como quem soluça, outras vezes voo como quem tem asas.
Choro e canto ao mesmo tempo, perco-me neste labirinto onde apenas o singelo fio da minha intuição me pode fazer encontrar a porta por onde deveria sair desta gaiola.
Não quero! Se deixar este lugar, perder-me-ei de mim mesmo, serei apenas mais um número na contabilidade dos dias. Ao menos aqui, sou uma velha alma de bibliotecária que ordena letras e sonha com ser personagem nesta teia de enredos e novelas que desfilam dentro da mente de quem quer ser poeta."
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