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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Alheira de Mirandela considera IVA a 13% “uma vitória”

 A aprovação da baixa do IVA da alheira de 23% para a taxa intermédia de 13% é “uma vitória”, disse hoje à Lusa a Associação Comercial, Industrial de Mirandela (ACIM), gestora da Alheira de Mirandela, no distrito de Bragança.


“É uma vitória, por todo o trabalho que tem sido desenvolvido, conjuntamente com os produtores”, congratulou-se Vítor Borges, presidente da ACIM, que integra o agrupamento de fabricantes da alheira.

Para Vítor Borges, que recordou que a medida vinha a ser pedida ao Governo, esta “foi uma luta grande”, que vai beneficiar todas as regiões do país onde se produz o enchido.

Vítor Borges disse ainda esperar que efetivamente o preço da alheira “desça nas superfícies comerciais”, refletindo a baixa de 10% no imposto para o consumidor final, sem aproveitamentos nos ajustes.

Rui Cepeda, grão-mestre da Confraria da Alheira, encarregue da divulgação do enchido “sobejamente conhecido” em Portugal e também já no estrangeiro, reagiu, contactado pela Lusa, dizendo que esta é uma “medida muito positiva”.

O consumo da charcutaria e dos produtos regionais, com a subida generalizada dos preços, “ressentiu-se ligeiramente”, disse Rui Cepeda.

“Esperemos nós que incentive a mais consumo de um produto que tem uma relação preço/qualidade, no meu ponto de vista, excelente”, afirmou Rui Cepeda. 

Rui Cepeda é também um dos cinco produtores de alheira com certificação de Indicação Geográfica Protegida (IGP).

“Quem vai beneficiar é o consumidor final. (…) Praticamente todas as matérias-primas da alheira têm IVA a 6%. E depois, quando fazíamos a comercialização, tínhamos o imposto a 23%”, explicou à Lusa, relembrando que a alheira já tinha anteriormente sido tributada a 13%.

A alheira é o mais representativo produto de Mirandela e dos que tem maior peso económico, com um movimento anual de cerca de 30 milhões de euros, só no concelho de origem, vendas a rondar as 6,5 toneladas e garante de cerca de 700 empregos, num concelho com perto de 21.384 habitantes (Censos).

O concelho vizinho, Vinhais, com perto de 7.768 habitantes (Censos) e onde o fumeiro representa entre 10 a 12 milhões anualmente, também considera a medida positiva.

Contudo, Luís Fernandes, autarca local, disse esperar que no futuro “seja mais abrangente”.

“Aquilo que nos foi transmitido é que é este produto específico [alheira] porque não existe noutros países. (…) Tendo em atenção que há muita importação de produtos de carne, poderia haver um benefício indireto”, explicou à Lusa Luís Fernandes, sublinhando que para o concelho “faz todo o sentido” que para os produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP) e IGP sejam adotadas também medidas.

O município de Vinhais também vinha a pedir a alteração do IVA dos produtos transformados à base de carne da taxa de 23% para 13% e dos produtos(DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP) para 6%.

A medida foi viabilizada durante o quarto dia de debate e votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) com o voto favorável dos partidos, exceto o PAN que votou contra, enquanto o PSD se absteve.

Numa nota enviada à comunicação social, o PS especificou que a proposta apresentada por aquele grupo parlamentar foi “subscrita pelos deputados do PS dos Distritos de Bragança, Vila Real e Guarda, entre outros”, considerando que é uma medida importante “para a indústria e comércio local de diversos territórios do Interior, como é o caso da região de Trás-os-Montes, mas também para a sua restauração e atração do turismo gastronómico”.

TYR//LIL
Lusa/Fim

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