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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Riscos ambientais propiciam mais o aparecimento do cancro do que os fatores genéticos

 A prevenção do cancro é possível, mudando estilos de vida. Esta foi uma das principais mensagens transmitidas pelos especialistas que participaram na sessão ‘Cancro e riscos ambientais: poluição, radiação, sol, fumo passivo e contaminantes profissionais’, em debate na iniciativa “Tratar o Cancro por Tu”, promovida pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), que teve lugar Instituto Politécnico de Bragança (IPB), na passada quinta-feira.


O diagnóstico precoce é muito importante para ganhar tempo e tratar mais cedo, nomeadamente com a realização de exames médicos regulares, rastreios e autoanálise corporal. “Estima-se que 40% dos cancros possam ser prevenidos. O que passa por evitar exposições perigosas, das quais o tabaco está à cabeça e está associado direta ou indiretamente a 30% de todos os cancros. Há ainda outros fatores, como o álcool, estilo de vida, alimentação, sedentarismo, poluição atmosférica, águas contaminadas. Estas duas útimas são mais difícil de gerir, mas têm efeitos de menor magnitude e são controláveis, porque são do âmbito da saúde pública (como a água contaminada e a poluição)”, enumerou José Carlos Machado sublinhando “que a genética contribui pouquíssimo para o cancro”. Só 3% dos cancros são hereditários. “O ambiente é claramente mais importante do que a genética”, acrescentou o vice-presidente do Ipatimup.

A sessão do IPB contou com mais de 270 participantes na assistência para ouvir o patologista e diretor do Ipatimup, Manuel Sobrinho Simões, e outros especialistas convidados como José Carlos Machado e Nuno Teixeira Marcos e também Bebiana Conde. “O objetivo é desmistificar conceitos e algumas ideias, às vezes, até erradas que as pessoas têm. No fundo contribuir para que as pessoas percebam melhor esta doença, que é muito comum, e que, provavelmente, nos vai afetar a praticamente todos ao longo da vida. Felizmente para a maior parte de nós será uma doença não tão grave como se pensa. É tratável. Esta é uma das ideias que queremos esclarecer porque as pessoas pensam que é uma espécie de sentença de morte. Às vezes é, infelizmente, mas não é na maior parte das vezes”, explicou José Carlos Machado, vice-presidente do Ipatimup.

A iniciativa tem como principal objetivo aproximar a ciência da população, promovendo a literacia em oncologia através da partilha de conhecimento sobre fatores de risco, prevenção e abordagens terapêuticas inovadoras. “Ainda há algum preconceito e receio de se falar no assunto. Quando morre alguma figura pública, ainda agora, os media falam de doença prolongada e não de cancro. Continua-se a fugir à palavra. É preciso mudar isso”, acrescentou o responsável.

O ciclo de conferências ‘Tratar o Cancro por tu’, vai decorrer até dia 3 de abril, passando também por Matosinhos, Aveiro, Setúbal, Viseu e Ponta Delgada.

Desde o início, há quatros anos, a iniciativa já percorreu dez cidades e envolveu mais de 2.200 participantes em 18 sessões.

Glória Lopes

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