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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Casa de Trabalho de Bragança lança projeto para promover uso saudável da tecnologia entre os jovens

 A Fundação Casa de Trabalho - Patronato de Santo António, lançou, no início do ano, o Projeto XPTO. A ideia é ajudar as crianças a reduzir o tempo que passam em frente aos ecrãs


A iniciativa inovadora já começou a ser implementada e vai decorrer até julho de 2027. Hélder Pires, um dos responsáveis do projeto, conta que o objetivo é promover o uso equilibrado e saudável do telemóvel, vídeos jogos e apostas on-line entre os jovens, dos 12 aos 16 anos, através das artes e de uma metodologia sistémica. “A ideia inicial seria sinalizar jovens a partir do público escolar, indo às escolas. Pensámos na franja entre os 12 e os 16 anos, conseguindo implementar estratégias de psicoterapia e terapia familiar, numa intervenção um pouco sistémica, e depois intervenção por via das artes, com recurso a técnicas de teatro. E dessa forma, conseguir reduzir o tempo de permanência. O objetivo é que cada um destes jovens vá ganhando estratégias de coping e outras que lhe permitam, de facto, reduzir o uso do telemóvel ou do tablet ou dos computadores. A questão é, de facto, haver uma redução, mas no sentido de fazer uma utilização boa, eficaz, saber utilizar de forma saudável estas tecnologias”.

O projeto XPTO não se foca apenas nos jovens e envolve também as suas famílias e a comunidade escolar. “Temos a noção, e isso está já documentado, que esta dependência traz conflitos entre os jovens e a família, muitas vezes, porque as famílias querem retirar o telemóvel ou querem desligar a internet e isso está a trazer conflitos parentais. A nossa estratégia passa um pouco por isso, dar ferramentas à família, como lidar com estas situações. Individualmente cada jovem vai ser trabalhado pela psicóloga, no sentido de lhe transmitir ferramentas e estratégias para ele conseguir auto regular-se, ao longo do dia, com a redução e a permanência”.

O projeto conta com uma equipa multidisciplinar composta por uma psicóloga, uma professora, um gestor e avaliador de impacto social e cinco monitores de artes. Destina-se a jovens com vulnerabilidade e este ano, está a ser implementado nas escolas de Bragança, Vinhais e Vimioso e vai ser alargado às restantes escolas do distrito. “Este projeto tem a particularidade de estar desenhado para jovens com vulnerabilidades. Portanto, desde que estas vulnerabilidades existam e estejam identificadas, associando-o à questão da problemática do telemóvel, pode ser intervencionado e sinalizado. Neste primeiro ano estamos com os três agrupamentos de Bragança e vamos associar Vinhais e Vimioso também. Não obstante, há a particularidade de, se formos abordados pelas famílias com essas problemáticas, estamos perfeitamente receptivos a fazer essa intervenção, ou seja, não estamos fechados aos 50 que temos previstos, se forem mais, são mais”.

O projeto está orçado em mais de 246 mil euros sendo financiado em cerca de 157 mil euros pelo Portugal Inovação Social, através do Programa Regional Norte 2030 e cofinanciado pelo Fundo Social Europeu. Conta também com o apoio do Banco BPI Fundação “la Caixa”, a Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda, a PA Insurance e a União das Freguesias de Sé Santa Maria e Meixedo.

Ao fim dos 3 anos de implementação do projeto, esta equipa da Fundação casa do Trabalho espera que 70% dos participantes adotem práticas tecnológicas mais saudáveis.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

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