(Manuel António Pina) |
Hoje, os futuros dirigentes da Nação formam-se nas «jotas» a colar cartazes e a aprender as artes florentinas da intriga e da bajulice aos poderes partidários, enquanto à Universidade cabe formar desempregados ou caixas de supermercados.
A situação não é, pois, especialmente grave. Um engenheiro ou um doutor bêbado a guiar uma carrinha de entregas com música pimba aos berros não causará decerto tantos prejuízos como se lhe calhasse conduzir o país.
Acontece é que muitos dos que por aí hoje gozam como cafres besuntando os colegas com fezes, emborcando cerveja até cair para o lado, perseguindo bezerros e repetindo entusiasticamente «Quero cheirar teu bacalhau» andam na Universidade e são «jotas».
E a esses, vê-los-emos em breve, engravatados, no Parlamento ou numa secretaria de Estado (Deus nos valha, se calhar até já lá estão!).
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