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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Sete anos depois, voltou a procissão do Senhor dos Passos a Edrosa

Sete anos depois, a tradição saiu à rua em Edrosa, no concelho de Vinhais, com a procissão das Cinco Chagas de Cristo.Um acto de fé que atraiu centenas de pessoas à aldeia há mais de 400 anos.A Fé move montanhas. Mas, em Edrosa, no concelho de Vinhais, também faz crescer batatas sem ser preciso ir buscar água aonde não a há. 
Pelo menos é essa a explicação para uma tradição que nasceu há mais de 400 anos e que ontem se voltou a cumprir.“Tínhamos aí um terreno bastante grande, que não dava nada, nem plantas, nem nada. Instituíram esta confraria e a fé levou-os ao Senhor das Cinco Chagas. Fizeram a primeira festa e, a partir daí, dá tudo. Dá batatas e nem é preciso regá-las. Ainda hoje”, garante Américo Rodrigues para quem, também este ano, apesar da seca, não vão faltar batatas na aldeia.Mas este não é o único milagre atribuído ao Senhor dos Passos de Edrosa.“Eu não me lembro mas sempre ouvi contar que aqui, ao fundo, estas casas começaram a arder. Não havia bombeiros e não conseguiam apagar o fogo. Foram buscar a imagem e o fogo extinguiu-se logo. O meu avô ainda se lembrava e era ele que me contava”, recorda.Mais recentemente, durante a Guerra Colonial do século XX, todos os habitantes da aldeia que foram lutar em África regressaram a casa sem um arranhão.É por estas e por outras que o seminarista Manuel Rodrigues explica que a procissão que ontem se realizou já tenha mais de 400 anos.“É uma procissão que se faz de sete em sete anos, e está na bula de fundação da confraria”, diz.A procissão começou no tempo do Papa Paulo V, em 1608.Mas a população continua devota.
“Parece-me que é bonita. Já participei muitas vezes”, conta Maria Gracinda. Abílio Gomes concorda que “é muito bonita”, mas é a primeira vez que participa. Já Vasco Rodrigues participa “todos os sete anos e está cada vez melhor”. Fernando Gonçalves é de Celas e veio “para ajudar”, apesar de nunca ter ouvido falar da procissão. Já Ricardo Brás, também de Celas, é da opinião que “não se pode perder” esta tradição.E Américo Rodrigues garante que é mesmo para não perder.“Enquanto este povo ainda tenha Fé, vai-se continuar a processar de sete em sete anos.”E até há quem venha de propósito de longe para assistir. Victor Serra veio de propósito da Alemanha. “Já há 40 anos que não vinha.”Segundo a organização, uma cerimónia destas custa cerca de 15 mil euros, mas as ofertas do povo chegam para a pagar.
Ontem, mais de 300 pessoas foram a Edrosa ver a procissão do Senhor dos Passos, que contou com a presença do Bispo da Diocese, D. José Cordeiro.

Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

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