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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Freguesia de Vale Frechoso

Vale Frechoso é uma grande freguesia da parte norte do concelho, que se estende quase até ao seu limite oriental.
A norte, fica muito perto dos concelhos de Mirandela e Alfândega da Fé. Em termos arqueológicos, temos o habitat romano de Santo Estevão.
Num ou em outro ponto de uma área a sul da Quinta de Santo Estevão, consegue-se identificar os alinhamentos de pequenos muretes, que poderão correspondes aos alicerces das estruturas habitacionais da antiga aldeia. No local, recolheram-se ainda alguns fragmentos de tégula e de tijolos.
O Cabeço do Castelo foi um povoado fortificado de datação indeterminada. Sobranceiro ao extremo oriental da povoação de Vale Frechoso, o local está relacionado localmente como uma lenda que concebe o cabeço como o local onde assentou a antiga aldeia. Terá existido aí um castro. Foram recolhidas duas lucernas.
De época indeterminada é também o marco de divisão de propriedade do Alto da Serra. Trata-se de um marco em granito com a inscrição SMB, que talvez signifique Santa Maria de Bouro, o Mosteiro que detinha vastas propriedades nesta região.
No sítio de Penha do Corvo, foi detectada arte rupestre de datação indeterminada. Numa das rochas do local, estará gravada a figura de uma "raposa". Quanto ao nome da freguesia, Vale tem um sentido evidente, topográfico, enquanto Frechoso deve ser da família de Freches, Frechas ou Freixo. É uma família toponímica frequente em Portugal, que já se regista desde o ano de 907. Deriva, segundo alguns autores, da planta do mesmo nome.
 Em meados do século XIII, Vale Frechoso estava integrado, segundo a documentação, na circunscrição administrativa de S. Pedro de Santa Comba de Vilariça. Pertencia as ricos-homens da terra, da filiação dos Bragançãos, e iria ser doada por essa época ao mosteiro de Santa Maria de Bouro. As Inquirições de 1258 não referem sequer a freguesia. Em termos de património edificado,
A ordenação heráldica da freguesia, publicada em «Diário da República» em 6 de Setembro de 2001, é a seguinte: « Armas - Escudo de verde, calçado de ouro, uma raposa passante de prata, encimada por dois ramos de oliveira do mesmo, frutados de negro, com os pés cruzados em aspa. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ VALE FRECHOSO “. Bandeira - De branco, cordões e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.»
Área: 225,1 ha
População: 300 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capela Nossa Senhora de Lurdes, Ruínas do Castelo, Forno Comunitário, Fonte Arcada (Medieval), Casa Paroquial, Capela de S. Paulo, Nicho de S. Lourenço, Escola Primário
Património Paisagístico: Capela de Nossa Senhora de Lurdes com Miradouro, Fraga da Pena de Corvo
Festas e Romarias: Festas de S. Lourenço a 10 de Agosto, de S. Paulo a 25 de Janeiro
Gastronomia: Cabrito e Cordeiro Assado no Forno de Lenha, Fumeiro dos Derivados de Porco
Locais de lazer: Largo Fonte, Largo da Capela de Nossa Senhora de Lurdes, Fraga da Pena do Corvo
Espaços lúdicos: Campo de Futebol de Vale de Frechoso
Artesanato: Tecelagem, Rendas, Bordados
Lenda: Em Vale Frechoso, do concelho de Vila Flor, existe na encosta de um monte um lugar cheio de mistério, formado por grandes penedos de granito, e onde há uma abertura que conduz a uma cova profunda. Diz o povo que, na altura em que os mouros deixaram esta terra, encantaram ali uma moura que ficou a guardar as suas riquezas. E conta-se também que os pastores costumavam ir para lá apascentar os seus rebanhos e que ouviam um tear a trabalhar, o que os deixava cheios de medo. Por isso deixaram de ir com o gado para aqueles lados.

Ora, numa ocasião houve um pastor mais corajoso que resolveu lá ir a ver que tear seria esse. Era então meia-noite. Pôs-se à escuta e, não tardou, ouviu o tear a trabalhar. Abeirou-se mais do local e, de repente, eis que lhe aparece uma linda donzela com seis pedras de ouro na mão. Ela estende-lhe a mão e diz: - Podes voltar sempre que quiseres pois sempre encontrarás as seis pedras de ouro. Mas não podes contar a ninguém. Eu sou uma moura encantada e, se fizeres como te digo, ajudar-me-ás a quebrar o encanto. O pastor, que era pobre, começou então a enriquecer. E as pessoas da terra, a dada altura, começaram a falar, e obrigaram-no a dizer onde andava a arranjar a riqueza.
O homem, viu-se de tal modo apertado pelos vizinhos, que resolveu contar-lhes tudo.
Por isso, na noite seguinte, ao voltar ao local, em vez das seis moedas de oiro habituais o que encontrou foram seis carvões e a moura lavada em lágrimas, que lhe disse: - Desgraçaste-me! Jamais serei desencantada! Conta o povo que, nesse local, quando alguém passa por volta da meia-noite, continua a ouvir um tear a trabalhar. 
Orago: S. Lourenço
Principais actividades económicas: Agricultura, Olivicultura, Vinicultura, Pastorícia
Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de Vale Frechoso, Associação de Caçadores de Vale Frechoso 


Retratos e Recantos

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