Local: Meirinhos, MOGADOURO, BRAGANÇA
Informante: Maria Celeste Longo (F), 74 anos
Um pobrezinho bateu a uma porta e pediu um bocadinho de pão e ela com a soberba que tinha (era pobre e enriqueceu, apanhando muita soberba) não deu pão ao pobre, apesar de o ter partido para lho dar, pousando-o em cima da mesa.
Ela tinha uma caldeira ao lume nas lares e botou para lá o pão, e na caldeira começou a crescer sangue que vinha do pão que lá deitou. E naquilo chega o marido e vê o sangue na caldeira, e diz-lhe: “Tu que tens na caldeira?” e a senhora disse: “Eu não sei, deitei para lá um cibo de pão, apareceu aqui um pobrezinho a pedir-me um bocadinho de pão e eu não lhe o dei.” ao qual o marido lhe responde: “ Ò mulher devias de lhe ter dado, era uma esmola, o pobrezinho era tão pobre… Ó mulher tu és malvada, és malvada de nação perdeste o corpo e a alma por um bocadinho de pão tem vergonha!”
Fonte:Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas)
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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domingo, 18 de outubro de 2015
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