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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 12 de agosto de 2012

Douro - Investigador alega descoberta do antepassado do vinho do Porto

Altino Moreira Cardoso

O investigador Altino Moreira Cardoso defende, num estudo a publicar em Setembro, que a Casa dos Varais, foi «a primeira» a produzir «vinho cheirante de Lamego», no século XII, que posteriormente foi denominado vinho do Porto.
A investigação, que parte da descoberta de uma escritura de compra datada de 1142 vai ser divulgada na revista «Douro - Estudos & Documentos», da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e será ainda objecto de uma publicação autónoma, em livro.
Natural de Peso da Régua, Altino Moreira Cardoso tem-se dedicado à história do Douro e da fundação de Portugal. Foi na Torre do Tombo que o investigador encontrou um documento das escrituras do Mosteiro de São João de Tarouca, entre a quais a da compra de uma herdade na foz do Varosa, outorgada pela Ordem de Cister. Esta será a primeira escritura relacionada com o sector da vinha na região. 
A propriedade, localizada junto do rio Douro, no concelho de Lamego, pertence actualmente à família de João Azeredo.
Altino Moreira Cardoso defende que foi na Quinta dos Varais que os monges plantaram «os primeiros vinhedos do Douro», com «castas trazidas da Borgonha», de onde era proveniente a Ordem de Cister, bem como o seu mentor São Bernardo e o conde D. Henrique.
«Trata-se, portanto, da primeira quinta a produzir o medievalmente chamado vinho cheirante de Lamego, depois denominado do Porto, por daí ser exportado», avançou.
O responsável associa, por isso, o início da produção de vinho pelos monges de Cister neste território à época do início da nacionalidade, com o Rei D. Afonso Henriques.
Os vestígios da produção de vinho no Douro remontam à época da ocupação romana deste território, de que é exemplo a Fonte do Milho, em Canelas, que está a ser alvo de uma intervenção por parte da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN). 
No entanto, com a invasão muçulmana, a produção de vinho e as vinhas foram, segundo o investigador, praticamente abandonados, porque o Alcorão proibia a ingestão de bebidas alcoólicas. 
Com a chegada da Ordem de Cister, os monges apressaram-se a plantar vinhas para produzirem o vinho de missa, o qual, de acordo com o investigador, «tinha uma técnica especial de fabrico» que considera ser parecida «com a técnica de produção de vinho do Porto».
Depois, com o aumento em massa da produção a Ordem de Cister terá começado a vender o vinho.
A descoberta desta escritura foi uma surpresa, mas enche de orgulho os proprietários da Quinta dos Varais. A propriedade está na família de João Azeredo pelo menos desde 1700, no entanto, muitos dos documentos históricos foram destruídos num incêndio, ocorrido em 1940.
É motivo de orgulho, mas é também um acréscimo de responsabilidade, já que este estudo vem chamar a atenção para a propriedade.
Com produção de vinho do Porto e DOC Douro, a Casa dos Varais está actualmente de portas abertas ao turismo rural e ao enoturismo.
Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Coimbra, Altino Moreira Cardoso já publicou diversas obras como «D. Afonso Henriques – Os mistérios e a lógica», «Afonso Henriques no Douro nascido e criado», ou Grande Cancioneiro do Alto Douro.

in:cafeportugal.net

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