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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Escola de Hotelaria e Turismo de Mirandela vai mesmo fechar


Está confirmado. 
O Governo vai fechar a Escola de Hotelaria e Turismo de Mirandela (EHTM) que funciona há oito anos, em Carvalhais, com cerca de 70 alunos, a frequentar os cursos de cozinha e bar/restauração. 
O Turismo de Portugal só está à espera de saber se a câmara de Mirandela aceita ficar apenas com a formação.  A secretária de Estado do Turismo disse, na Comissão de Obras Públicas e Economia, que vai encerrar quatro das 16 escolas de hotelaria e turismo do País, nomeadamente, Mirandela, Fundão, Santa Maria da Feira e Santarém. 
Cecília Meireles avançou no Parlamento que a decisão de encerrar estas escolas foi tomada tendo em consideração diversos critérios, que têm que ver com a procura, com as instalações e com o investimento que precisava de ser feito nos próximos anos e para o qual não há verba. Segundo a governante, esta decisão foi assumida depois de ter sido averiguado que havia um aumento exponencial dos custos na formação do Turismo de Portugal a rondar os 180 mil euros mensais em rendas.
Aquela responsável adiantou que foram propostas às quatro autarquias, onde as escolas vão fechar - Mirandela incluída - a manutenção apenas da formação.Quanto ao futuro que estará reservado para os alunos das escolas a fechar, Cecília Meireles diz estar assegurada a sua continuidade em outras escolas da rede.“A todos os alunos foi assegurado a continuação dos seus estudos em outras escolas se fosse o caso. Em todos os casos de encerramento que estão em causa foi dada a oportunidade de celebração de um protocolo com as autarquias em que era assegurada formação”, afirma a governante.
Segundo apuramos, o conselho directivo do Turismo de Portugal (TP) deu a conhecer ao Município de Mirandela, no início do mês de Julho, que aprovou um projecto de redimensionamento que previa o encerramento da EHTM, no modelo actual.Nesse sentido, deixou à consideração do executivo, liderado por António Branco, três opções para a implementação e o desenvolvimento deste processo, mas deixando bem claro que qualquer uma delas tem como objectivo “minimizar os impactos decorrentes do encerramento desta EHT”, refere a proposta.
A primeira prevê que a EHTM passe a ser um estabelecimento de ensino do Município, sendo responsável pela gestão da escola, estrutura organizativa, disponibilização de instalações, equipamentos, pessoal não docente (incluindo director) e todos os meios materiais necessários à formação. Ao TP cabe, exclusivamente, a coordenação técnico-pedagógica da formação e a disponibilização do corpo docente.  
A segunda proposta caminha para um processo de desactivação faseada em que o Município assegura os meios necessários e respectivos custos de funcionamento da escola durante o período indispensável para que os actuais alunos terminem, em Mirandela, os seus cursos. No entanto, será obrigatório não abrir novas candidaturas para o ano lectivo 2012/2013 e a manutenção da escola nas actuais instalações, com renegociação do protocolo vigente, passando a suportar o Município os encargos de financiamento da escola (luz, água, gás, segurança, limpeza e manutenção do edifício) e assumindo o TP os encargos relativos à formação (corpo docente, bens alimentares e equipamentos).
A opção final, passa pelo encerramento imediato da escola, com a transferência dos seus actuais alunos e funcionários para outras escolas do TP em condições a acordar entre os alunos, encarregados de educação e funcionários do Turismo de Portugal, sendo que as escolas mais próximas sejam em Lamego, Porto ou Viana do Castelo.
A finalizar, diga-se apenas como curiosidade, que a EHTM teve oito anos de vida. O seu “nascimento” e a sua “morte” foram ditados pelo PSD e pelo CDS/PP, cuja coligação sustentava o Governo em 2004, o mesmo acontecendo nesta altura.A inauguração, em Janeiro de 2005, teve a presença de Telmo Correia, então Ministro do Turismo e conhecida figura do CDS/PP. 
Curiosamente, agora foi a vez da secretária de Estado do Turismo, outra figura do mesmo partido, Cecília Meireles, anunciar o encerramento da mesma escola.
Contactado o presidente do Município de Mirandela, para conhecer a sua reacção a este anunciado encerramento, António Branco remeteu para os próximos dias declarações sobre este caso, alegando estar à espera de resposta do Turismo de Portugal a uma contraproposta que diz ter enviado, mas da qual não quis, para já, dar pormenores do seu conteúdo.
Recorde-se que, há cerca de duas semanas, depois de informações que davam conta da possibilidade da escola vir a fechar, o autarca de Mirandela deixou bem claro que só aceitava um acordo se a escola se mantiver na rede nacional de escolas de hotelaria e turismo de Portugal.“Eu só considero possível manter esta escola no âmbito da rede nacional das escolas de hotelarias e turismo e foi por isso que a afixamos em Mirandela. Nós queremos uma escola de rede nacional de escolas não queremos uma escola gerida pela Câmara Municipal que tem protocolo para o turismo ainda vir a receber algum dinheiro a Mirandela”, declara o autarca António Branco.
A Câmara municipal gastou mais de 300 mil euros em obras para pôr o edifício a funcionar, por isso, António Branco revelou, há duas semanas, que vai exigir os valores que gastou no espaço.


Escrito por Terra Quente (CIR)

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