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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Enchidos alimentam a economia rural e fintam a crise em Vinhais


A Feira do Fumeiro atrai a Vinhais durante quatro dias o equivalente a mais de um terço da população do Distrito de Bragança, que deixa na economia local, e além das fronteiras do concelho, seis milhões de euros.
As contas são da Câmara Municipal e reflectem um investimento de mais de 30 anos numa atividade artesanal que gerou uma fileira de produtos e actividades em contra ciclo com a crise nacional portuguesa.
Há cada vez "mais gente jovem a fazer fumeiro", o número de pedidos de licenciamentos de cozinhas regionais e explorações de porcos bísaros aumentou e as vendas seguem o mesmo ritmo, segundo adiantou à Lusa Carla Alves, a coordenadora da feira do fumeiro.
No ano de 2012, já se notava a crise e as vendas foram superiores ao ano anterior no certame que regressa entre 07 a 10 de Fevereiro e que a responsável pela organização acredita que "também em 2013 registará um aumento das vendas destes produtos".
A expectativa é sustentada pela procura de expositores, com número "recorde", mais de 400, assim como de pedidos de alojamento, com lotação esgotada em Vinhais, que está a encaminhar gente para os concelhos vizinhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.
Nos quatro dias da feira são esperados 50 mil visitantes nacionais e espanhóis, cinco vezes mais pessoas que os habitantes do concelho e o equivalente a mais de um terço de toda a população do Distrito de Bragança.
Toda esta dinâmica gera um volume de negócios de "seis milhões de euros", segundo garantiu o presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira.
O autarca aponta que apenas os 82 produtores de fumeiro devem facturar 820 mil euros, na feira.
Todos os enchidos de Vinhais têm certificado de qualidade e atingem preços de 40 euros o quilo, no caso do salpicão, e já conquistaram o mercado nacional e das exportações.
O fumeiro é o pilar da economia local com 310 postos de trabalho directos num concelho onde três mil pessoas vivem apenas da agricultura.
A feira já conta 33 anos e é a montra do trabalho de todo o ano nas cozinhas regionais, nas unidades industriais, nas 185 explorações pecuárias do porco bísaro, o responsável pela carne que distingue este fumeiro.
O sector é ainda servido por um matadouro e uma logística de apoio aos produtores e à comercialização, em que a autarquia investe meio milhão de euros anualmente.
A feira custa 125 mil euros e as receitas que gera pagam metade do valor, essencialmente vindas dos preços dos espaços pagos pelos expositores, já que a entrada de público é gratuita.
Os mais velhos continuam a ser os guardiões da receita dos famosos enchidos, mas há cada vez mais jovens "a pedir à mãe: ensina-me a pegar nisto", como contou Carla Alves para exemplificar a procura de "gente jovem licenciada que não encontra emprego na sua área" e está a regressar ao mundo rural.
"Notamos que há um renovado interesse pelo sector agrícola, sobretudo pelo agroalimentar", observou.
Já o presidente da Câmara, Américo Pereira, considerou que Vinhais "é um exemplo concreto" dos indicadores nacionais que apontam a agricultura como um dos poucos sectores em crescimento no país "muito à custa dos produtos tradicionais e dos produtos protegidos".
"É bom que o Governo e as autoridades que estão a preparar as linhas orientadoras deste quadro (comunitário de apoio) para o país, se apercebam que este apoio monetário, logístico, legislativo, de forma a fomentar a produção de produtos de qualidade e produtos tradicionais, é importantíssimo para a economia do país", alertou.

Lusa/ SOL

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