Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O lobisomem da Azenha das Amoreiras

Local: Vilas Boas, VILA FLOR, BRAGANÇA

Havia no lugar da Longra [Ribeirinha, freguesia de Vilas Boas] uma azenha, onde se ia moer o pão. Chama-se a “Azenha das Amoreiras”, por ter lá muitas amoreiras pretas e brancas. Dava passagem para a Ribeirinha de barco de Inverno e de Verão por um açude, ou passava-se a vau. Dava passagem para os dois lados. 

Ora, dizem os antigos, que debaixo de uma das grandes amoreiras encontrava-se a mulher e o seu marido, e este dizia que estava muito cansado. A mulher dizia-lhe: 
— Deves ir ao médico! 
Isto ia-se repetindo a cada dia e ele fez-lhe esta pergunta: 
— Queres curar-me? 
A mulher disse que sim. 
Ele então disse: 
— Eu sou um lobisomem. Para me tirares o fado, tens de ter muita coragem. 
Ela respondeu que lhe ensinasse o que teria que fazer. E ele falou: 
— Aguço-te uma agulha que era de picar os bois e vais para cima da amoreira que é para passar no vau e, quando sentires um cavalo na outra margem pôr as patas na água, lança logo a agulha para me picares e eu ficarei curado. Se não acertares, dobras-me o fado. 
A mulher fez o que lhe disse. Quando ouviu do outro lado o cavalo, lançou a agulha. Só o apanhou na anca e assim lhe tirou o fado, que era ter de correr sete freguesias.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.292

Sem comentários:

Enviar um comentário