De acordo com Berta Nunes, a associação, que congrega os municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Torre de Moncorvo e Mogadouro, vai reunir com a Direcção Regional de Cultura do Norte para estudar o destino dos milhares de artefactos encontrados no projecto de estudo contemplado nas medidas de minimização do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor e a criação de uma unidade museológica.
Mas para a presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé é importante que os achados permaneçam na região. “Queremos encontrar um local que seja no nosso território, que possa ser utilizado para termos investigadores que estudem, pesquisem e escrevam sobre esse património.
Numa primeira fase, podemos fazer exposições itinerantes pelos vários concelho e mais tarde vir a construir um museu que tenha os vestígios mais importantes”, anunciou a autarca.Um dos arqueólogos envolvido nos estudos arqueológicos na zona a ser submersa com o enchimento da Barragem do Baixo Sabor, Filipe Santos, afirma que a história da região sai enriquecida com as descobertas do período da Idade do Ferro, que começaram a ser feitas em 2008 e que se encontram na recta final de estudo.
O investigador sublinha o contributo para que “a história desta região saia muito mais enriquecida com os trabalhos” arqueológicos. Dar a conhecer o património arqueológico para assim promover a sua preservação é um dos objetivos das tertúlias de arqueologias que terça-feira se iniciaram em Alfândega da Fé e na qual participaram dois arqueólogos que trabalharam na investigação arqueológica do Baixo Sabor.
O propósito é apresentar à população os vestígios arqueológicos presentes no território e sensibilizar para a necessidade de salvaguardar este património que conta a história dos sítios.
Berta Nunes defende que só conhecendo se pode preservar.
As Tertúlias de Arqueologia vão realizar-se em Alfândega de 2 em 2 meses, de forma a divulgar o património local.
Escrito por Brigantia
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