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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Diabos bateram recorde em Vinhais

Mais de mil diabos andaram à solta este sábado em Vinhais. O dia da morte, tradicionalmente assinalado na quarta-feira de cinzas, marcando o início da quaresma, foi recriado com o maior desfile de diabos.
Os mil fatos cedidos pela autarquia vinhaense esgotaram. Quem quer ser diabo veste-lhe a pele, foi o que fizeram mais de mil pessoas no final da tarde de sábado em Vinhais. O maior desfile de diabos invadiu as ruas da vila. Por entre a escuridão, velas ou tochas permitem vislumbrar o vermelho dos trajes criando um ambiente assustador e impressionante. 
A acompanhar o desfile vai também a morte. A figura com sete metros de altura acaba queimada no final do cortejo. Nesta recriação do costume imemorial repetido todas as quartas feiras de cinzas em Vinhais, não faltaram as subidas a varandas e janelas para capturar as raparigas solteiras. Elas que não descem sem dar luta, gritando insultos e “fora com a morte, fora com o diabo”. E os argumentos não são só verbais. 
As raparigas atiram baldes de água e cinzas para tentar travar a subida dos diabos. Mas os esforços não chegam para impedir que sejam enjauladas num carro de bois. João Flores já se vestiu de diabo durante muitos anos, e não quis faltar ao desfile “é uma tradição que se usa muito antiga, hoje o dia dos Mil Diabos está a ser uma festa”. 
Para Cristina Alves é a primeira vez “normalmente são só os homens que se vestem. Mas é muito bom, acho que não se devem perder as tradições e esta é mais uma que temos”. Os mil fatos de flanela vermelha típicos desta festa disponibilizados pela autarquia da vila de Vinhais foram poucos para todos os que quiseram vestir a pele de diabos. 
O vereador da cultura, Roberto Afonso, explica que alguns arranjaram outras soluções para participar no desfile: “Estão mais de mil pessoas vestidas e diabos em Vinhais, mais de mil fatos foram disponibilizados pela câmara, mas as pessoas mandaram fazer elas próprias, compraram fatos. 
Temos seguramente 1200 a 1300 pessoas, para além deste público todo que não se atreveu a vestir a pele do diabo”. O cortejo só terminou com o castigo aplicado às raparigas, a queima da morte e fogo-de-artifício. Mas a festa essa continuou com música tradicional e pela noite dentro a animação esteve a cargo de DJ’s. Este cortejo, que se realizou pelo segundo ano, encerra o ciclo das Festas de Inverno no Nordeste Transmontano. 
Pode ouvir a reportagem alaRgada sobre esta festa depois do noticiário das 5 da tarde e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia

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