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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Paisagem do Alto Douro Vinhateiro pode estar em risco

Em causa está o projeto do Parque Eólico previsto para os concelhos de Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães. Um projeto que, a ser construido, pode colocar em risco a classificação da região como Património Mundial. A autarquia de Torre de Moncorvo defende o projeto.

Arquivo / Global Imagens
A participação já seguiu para a UNESCO e tem como remetente a Quercus. A Associação Ambientalista denuncia a instalação de 30 aerogeradores com 120 metros de altura. Uma construção incompatível com a paisagem classificada do Alto Douro Vinhateiro.

Artur Teixeira ouviu os argumentos da QUERCUS
Em declarações à TSF, João Branco, presidente da Quercus, garante que "os aerogeradores são visíveis a dezenas de quilómetros", uma situação que extravasa os impactos para fora da área de estudo e da Zona Especial de Proteção (ZEP) do Alto Douro Vinhateiro.

De acordo com João Branco, "estamos a falar de 30 equipamentos com altura superior a prédios de 40 andares, já para não falar nas acessibilidades e rede elétrica também necessárias à conclusão do empreendimento. Estes elementos artificiais não fazem parte da paisagem nem da cultura do Douro", acrescenta.

O presidente da Quercus alerta para as consequências que a região pode sofrer. "O projeto do parque eólico pode afetar também o turismo, como o turismo rural e o enoturismo na região do Douro Superior, devido à alteração significativa e artificialização da paisagem, o que pode acarretar prejuízos económicos e sociais", refere João Branco e, acrescenta, "infelizmente há já notícias internacionais alertando para o excesso de construção de infraestruturas com efeitos muito negativos para a imagem do Douro que podem no futuro trazer consequências graves para o sector da viticultura e do enoturismo associado", refere.

A Câmara "apoia, obviamente, este projeto" sublinha o autarca Nuno Gonçalves
A Quercus, face ao que diz ser "um atentado à Paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade, vem apelar à UNESCO para intervir preventivamente junto do Governo do Estado Português, de forma a evitar a aprovação do Parque Eólico de Torre de Moncorvo e a consequente descaracterização da paisagem cultural provocada pela sua construção".

Nuno Gonçalves não teme pelo impacto ambiental do projeto

Autarquia dá luz verde ao projeto

Quem não concorda com a posição da Quercus é o presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo. Nuno Gonçalves diz que esta é "uma infraestrutura que vai trazer investimento para a região. São cerca de 70 milhões de euros. O projeto tem também contrapartidas para o próprio Município que recebe, logo no inicio da construção perto de 3,5 milhões de euros", detalha o autarca.

De acordo com Nuno Gonçalves, a própria comunidade vai sair beneficiada. "A empresa promotora do projeto, com o arrendamento dos terrenos, está a ajudar as populações. É um complemento de sobrevivência muito importante", acrescenta.

Em declarações à TSF, o presidente da autarquia recusa o impacto ambiental negativo. "O projeto está a seguir todas as normas comunitárias. Só uma ínfima parte do projeto é que está no Alto Douro Vinhateiro. Todos os condicionalismos do património onde estamos inseridos foram acautelados", garante Nuno Gonçalves.

O autarca afirmou ainda que, se os prazos forem cumpridos, o projeto do Parque Eólico de Torre de Moncorvo deve arrancar no inicio do próximo ano.

Global Media

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