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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Centro Trasmontano do Rio de Janeiro (1923-)


Foi visando atenuar fragilidades individuais e colectivas que se estruturou a representação do Rio de Janeiro, em 1923. 
Singularmente, esta e outras instituições provinciais surgiriam aí na década de 1920 como plataforma de apoio para o lançamento duma representação nacional no Brasil (Trindade e Caeiro,2000: 80), e estimuladas pelo semanário luso-brasileiro Patria Portugueza, cujo responsável era o transmontano Crisóstomo Cruz. Tentava-se assim ter maior capacidade de recrutamento e maior força representativa. Também se pretendia racionalizar recursos: alugara-se e adaptara-se um grande apartamento para as diversas casas provinciais. 
A entreajuda interprovincial ia mais longe: os transmontanos (e outros já de pé) apoiaram então o arranque das restantes casas (p. e., “A caminho…”,1925; nb: os minhotos retribuiriam com o acolhimento da sede transmontana em 1947 — ver Torres, 1987: 66). 
Este projecto culminará na Federação das Associações Portuguesas e Luso-Brasileiras (de 1931), quando já existiriam cerca de 15 mil  naquela constelação provincial (Muller, 2002: 323; e Lobo, 2001: 94), sendo que em 1928 existiam acima de 3 mil associados transmontanos (”Rio”, 1929).
A beneficência foi uma das linhas de força do associativismo imigrante em todo o mundo desde inícios de oitocentos (ver caso brasileiro em Muller, 2002: 314 e 328), estruturador e congregador, daí também a sua imediata incorporação pelo regionalismo.
Estas casas aperfeiçoaram tal função, através da troca de contactos e da diversificação dos apoios. 
Além das regalias materiais concedidas aos sócios (descontos em diversos tipos de estabelecimentos comerciais, apoio na burocracia, consultas e visitas médicas gratuitas), funcionavam como agências de emprego (Lobo, 2001: 94), de colocação dos imigrantes conterrâneos ou de apoio à subsistência, ao alojamento ou à viagem de retorno.
Além disso, a representação transmontana realizou ainda a vertente mais sociocultural:
biblioteca, palestras, exposições, saraus, etc. (Lobo, 2001: 94; e Patria Portugueza). 
Em contrapartida, esteve no início separado do núcleo duriense.

Daniel Melo

AQUÉM DO MARÃO
O associativismo regionalista transmontano em Portugal e na diáspora

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