Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Plano nacional para demências em estudo há cinco anos sem data de conclusão

O presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental, António Leuschner, revelou hoje em Bragança que está em preparação há cinco anos um plano nacional para demências ainda sem data para conclusão e aprovação.

O responsável falava à margem de um seminário sobre o tema promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Bragança, em que a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) reclamou a urgência deste plano dado o número crescente de idosos nos lares com estas patologias.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental adiantou que "há duas recomendações da Assembleia da República já com cinco anos" nesse sentido e que estão a ser desenvolvidos estudos no terreno, o que torna o processo mais demorado".

O responsável explicou que "estão a ser desenvolvidos pela Direção-Geral da Saúde e pelo Programa Nacional de Saúde Mental estudos no terreno, nas áreas de Lisboa, Coimbra e Norte, no sentido de definir estratégias que possam funcionar como guias de orientação, mas ainda não está nada definido em relação a quando se prevê que possa ser aprovado um diploma sobre esse assunto".

António Leuschner justificou esta demora afirmando que "seria fácil traçar uma série de princípios orientadores que seriam ou não exequíveis", mas que se optou por construir um plano "a partir das realidades concretas".

"Aquilo que está a ser mais moroso do que o que se imaginava é o levantamento das situações, não só em termos do número que necessitam de ajuda como principalmente do tipo de cuidados que são necessários".

Segundo defendeu, "é preciso encontrar soluções para cada estadio de desenvolvimento da doença e é aqui que é necessário ajustar as respostas para [que] não fiquem vazias ou mal ajustadas às necessidades".

"É verdade que seria desejável que tivesse sido mais rápido, mas não foi possível", admitiu, adiantando que se estima que existam "entre 120 mil a 150 mil" idosos com algum tipo de demência em Portugal.

A urgência deste plano tem sido reclamada por associações como a Alzheimer Portugal e foi hoje reiterada, em Bragança, por João Dias, adjunto da CNIS, que pede uma maior parceria e apoio, sobretudo por parte da Saúde.

O dirigente afirmou que "as instituições não têm pessoal suficiente e com formação adequada para lidar com estas questões" e acabam por "sofrer por falta dessa política".

"O que queremos é arranjar um patamar de colaboração e parceria com o Ministério da Saúde que nos permita atender esta população de uma forma adequada, tecnicamente ajustada às necessidades", concretizou.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, Eleutério Alves, avançou que existem instituições confrontadas com "uma grande percentagem, na ordem dos 80 por cento" de utentes a sofrerem de alguma demência.

O seminário organizado hoje, em Bragança, tentou dar algumas ferramentas a técnicos e àqueles que trabalham com esta problemática e também servir de "alerta para o poder político no sentido de pensar bem em soluções para situações deste género".

"O Governo tem de perceber que este fenómeno já é grave, que está numa dimensão muito grande e que é preciso criar estruturas em várias zonas do país para que possam receber as pessoas", defendeu, argumentando que o tratamento "tem de ser distintivo do restante" prestado nos lares e que "obriga a um maior esforço humano e financeiro das instituições".

O diretor distrital da segurança Social, Martinho do Nascimento, manifestou "todo o apoio" do organismo, realçando a parceria para este seminário "com os maiores especialistas na área da saúde mental".

O dirigente já tinha anunciado a disponibilidade da celebração de acordos para a abertura, em 2016, de três unidades especializadas nas misericórdias de Bragança, Mogadouro e Mirandela.

HFI // MSP
Lusa/fim

Sem comentários:

Enviar um comentário