Actores e Técnicos da Biblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães recitaram e distribuiram poemas de Sophia de Mello Breyner, Miguel Torga, Eugénio de Andrade, entre outros, nos espaços públicos desta vila dueiense como cafés, restaurantes e Feira, com o propósito de assinalar o "Dia da Poesia", numa acção que pretende sobretudo mostrar que a poesia pode estar em todos os lugares e sensibilizar os cidadãos para a importância da criatividade e livre criação de ideias através das palavras.
Na quinta-feira a Filandorra continua em Carrazeda de Ansiães para no “palco” da Feira do Folar apresentar ao público "Um turista no Marão", da autoria do Padre Ângelo Minhava. O espectáculo acontecerá pelas 16h30 na Abertura da Feira. À noite e no Auditório do CITICA a Companhia representa A Farsa de Inês Pereira, uma das mais divertidas e satíricas farsas vicentinas que retractam a vida quotidiana do tempo de Gil Vicente, escrita a partir do ditado popular Mais vale asno que me leve que cavalo que me derrube.
A semana culmina com duas experiências de Teatro e Comunidade em Vila Pouca de Aguiar e Montalegre, concelhos onde a Filandorra tem vindo nos últimos meses a preparar com a comunidade local duas iniciativas de cariz popular e religioso. Assim, e na sexta-feira, a Filandorra estreia o Auto da Paixão, a partir do guião dramático de autoria de Agostinho Chaves, jornalista, escritor local e em tempos crítico de teatro do saudoso Comércio do Porto, um projecto artístico que envolve duzentos colaboradores entre actores amadores da Universidade Sénior e Escola Municipal de Teatro “Tia Micas”, elementos do Orfeão de Vila Pouca de Aguiar e da Banda de Música de Pontido, e populares, num trabalho articulado com a Câmara Municipal e a Paróquia de Vila Pouca de Aguiar.
A representação terá lugar na Praça Sousa e Costa, pelas 21h30 horas e é o resultado de dois meses de experimentação de linguagens teatrais direccionada a um contexto comunitário de cariz religioso com partilha de saberes, vivências, experiências e práticas enraizadas na cultura religiosa da comunidade de Vila Pouca de Aguiar.
Na noite de Sábado, 26 de Março, a Filandorra vai uma vez mais “exorcizar” a figura do judas, com a participação numa das tradições mais profundas de sátira e crítica popular de Montalegre, a “Queima do Judas”. No Largo do Município, onde se concentram os vários judas (bonecos) construídos pelas associações de Montalegre, a Filandorra apresenta pelas 22h00 uma paródia de humor e boa disposição que vai marcar o início do desfile dos judas pelas ruas da vila barrosã e que culminará no recinto do castelo, com o “grande julgamento” e posterior queima ao som de Tocadores de Gaitas de Foles e enquadramento de fogo cénico do Grupo Animamos – Santa Maria da Feira.
É desta forma que a Filandorra – Teatro do Nordeste “entra” em palco no Dia Mundial do Teatro, a 27 de Março: combinando a actividade teatral com a animação de zonas históricas desafiando a comunidade local a interagir com o teatro, com a história, com as tradições e costumes populares, com o património e com a cultura em geral.
A queima de Judas. Foto: Filandorra |
in:noticiasdonordeste.pt
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