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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Sebastião Salgado no Centro de Arte Contemporânea de Bragança

A fotografia de Sebastião Salgado abre a nova temporada do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais de Bragança, com a exposição "Terra" sobre a vida dos trabalhadores rurais do interior do Brasil, informou hoje a instituição.
A partir de sábado será possível apreciar em Bragança o trabalho documental, realizado entre 1980 e 1996, sobre a condição de vida de milhares de brasileiros com o sonho de cultivar um pedaço de terra, como descreve o comissário da exposição e diretor do Centro de Arte Contemporânea, Jorge da Costa.

Considerado por muitos o melhor fotógrafo documental da atualidade, Sebastião Salgado, nascido em Minas Gerais, no Brasil, "acompanhou de perto e ao longo de 16 anos a luta destes trabalhadores, determinado a testemunhar e a denunciar através da sua obra a pobreza e a injustiça que recai sobre cinco milhões de famílias de rurais sem terra".

"Cultivar um pedaço de terra seu é o sonho destes trabalhadores e das suas famílias que vivem à própria sorte, em acampamentos à beira das estradas, em lugares onde não só falta tudo, como estão ainda sujeitos à violência das milícias e de outras forças de repressão organizadas pelos latifundiários que temem a ocupação das suas propriedades", resumiu o comissário.

Como habitualmente em cada temporada, este equipamento cultural inaugura também, em simultâneo, uma nova exposição da madrinha, a pintora transmontana Graça Morais, desta feita com o tema "Ao Encontro de Sophia".

Os trabalhos resultam dos encontros entre a pintura de Graça Morais e a escrita da poetiza Sophia de Mello Breyner Andresen, em 1990 e 2003.

Jorge da Costa comissaria também esta exposição em que o mito de Orpheu e Eurydice assinala o primeiro encontro entre as duas.

"Sobre esta trágica história de amor, Graça Morais realiza, em 1990, uma série de pinturas a sépia sobre partituras musicais, que dariam origem a um livro com poemas de Sophia", segundo Jorge da Costa.

O encontro entre a pintora e a poetiza repete-se em 2003, quando Sophia de Mello Breyner convida Graça Morais a ilustrar o conto "O Anjo de Timor", "uma série particularmente figurativa, realizada em pequenos desenhos a aguarela e sépia sobre papel, conferindo aos trabalhos um intenso colorido".

Visitado por jovens, estudantes, portugueses e espanhóis, o centro projetado pelo arquiteto Souto Moura mostra permanentemente a obra de Graça Morais e, em sete anos, já proporcionou a Bragança também exposições de outros nomes artistas consagrados nacionais e internacionais.

Agência Lusa

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