Há muitos anos atrás, em pleno e tórrido verão, eu mais um
amigo, nas nossas “lides” conservacionistas, pelo menos era, e ainda é, essa a
nossa convicção, agora, com mais teoria que prática, e depois de dois dias a
calcorrear Arribas do Douro lá para os lados de Miranda,…entrámos numa unidade
hoteleira para “matar a sede”.
Estranhámos a pouca clientela que estava a meio da tarde.
Apontámos, da varanda, com os binóculos para um alvo específico
que bem conhecíamos, lá para o lado dos nuestros hermanos.
Nada…nada! É pá...este
ano o casal não nidificou.
Como só estávamos nós na “varanda” proporcionou-se, com mais
facilidade, a conversa com o empregado do estabelecimento.
- Por acaso não sabe se aquele ninho esteve ocupado este
ano? (era o ninho de um casal de abutre do Egipto).
- Não, este ano não os vi.
Conversa puxa conversa…
Havia dois casais de alemães que vinham para aqui todos os
anos mais de 15 dias, diziam eles, que só para ver os abutres e acompanhar a
criação. Este ano só estiveram aqui dois dias.
Conversa puxa conversa…
O ano passado, colocaram (não interessa quem) um holofote, potentérrimo,
com a luz a incidir no ninho que era
para os turistas verem melhor, era uma atração turística que quanta mais luz tivesse...melhor. Agora que o ninho se vê a quilómetros...é que vai ser.
Pois…esqueceram-se foi de perguntar aos abutres se gostavam
de tanto “luxo” na casa deles….
Moral da história.
Nem abutres…nem turistas alemães…
E para bom entendedor...
HM
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