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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Valorizar territórios fronteiriços na cooperação ibérica é "prioridade"

O ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, defendeu hoje um "novo tempo" na cooperação entre Portugal e Espanha, dando "prioridade" à valorização dos territórios fronteiriços, que não devem ser olhados como "as traseiras de ambos os países".
"A fachada ibérica é uma prioridade na nossa estratégia de valorização do território, já que se trata de um espaço com seis milhões de habitantes onde existem oportunidades e competitividade", frisou o governante.

O ministro falava no decurso da Assembleia Geral da Rede Ibérica de Entidades Transfronteiriças (RIET) que decorre na cidade fronteiriça de Miranda do Douro, no distrito de Bragança.

A RIET agrupa 22 entidades transfronteiriças, políticas, empresárias e universitárias, que representam a totalidade do território da fronteira luso-espanhola, que se estima que representam mais de 12 milhões de habitantes e mais de 200.000 empresas nos referidos territórios.

"A cimeira Luso-Espanhola a realizar em 2017 e o trabalho com regiões autónomas de Espanha, o trabalho dos municípios de ambos os lados da fronteira, a cooperação empresarial ou de ensino superior serão olhadas de frente - e não como as traseiras de ambos os países - em futuros encontros bilaterais", indicou Eduardo Cabrita.

As palavras do ministro português surgem no dia em que o secretário-geral da RIET, Xoan Mao, afirmou à agência Lusa, que o atual modelo de cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha está ultrapassado, sendo necessária a sua revisão para que as comunidades se possam desenvolver.

"A Convenção de Valência está absolutamente desfasada e ultrapassada", criticou o secretário-geral RIET, entidade responsável pela publicação do estudo da cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha hoje divulgado.

No documento, a que a Lusa teve acesso, é mesmo defendido que "a Convenção de Valência deverá ser objeto de uma significativa revisão e atualização, tarefa que incumbe à Comissão Mista Luso-Espanhola para a Cooperação Transfronteiriça".

Assinada em outubro de 2002 na cidade espanhola de Valência, a convenção tem por objetivo promover e regular juridicamente a cooperação transfronteiriça entre instâncias territoriais portuguesas e espanholas, tendo para o efeito sido criadas três comunidades de trabalho e duas comunidades territoriais de cooperação.

Segundo o estudo, o espaço de cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha apresenta-se como "um território predominantemente rural, com acentuados problemas demográficos, designadamente uma baixa densidade populacional e uma população envelhecida, em comparação com as regiões adjacentes e as médias nacionais".

As áreas de fronteira têm também os "piores indicadores de desenvolvimento económico e uma menor dinâmica de crescimento, quer comparado com as zonas adjacentes, quer com o nível médio de crescimento económico dos dois estados".

Para este resultado contribuiu a redução de apoios comunitários para aquela que é "mais extensa, mais estável e mais antiga" fronteira terrestre da União Europeia (UE).

A maior parte do investimento feito no âmbito da cooperação transfronteiriça, cerca de 529 milhões de euros destinou-se ao objetivo temático "proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos", seguindo-se, com 268 milhões, o objetivo "promover transportes sustentáveis e eliminar os estrangulamentos nas principais redes de infraestruturas".

A fronteira luso-espanhola, que se estende ao longo de 1.234 km, entre a desembocadura do rio Minho e se prolonga até à foz do rio Guadiana, é a mais estável, antiga, extensa e dinâmica de toda a UE.

FYP (LIL) // JGJ
Lusa/fim

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