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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

As alterações climáticas estão a prejudicar a produção de mel

Os apicultores da região estão preocupados com a morte de abelhas nos últimos tempos. A situação acontece há alguns anos, no entanto agravou-se desde o ano passado, com a seca e os incêndios.
José Luís tem uma empresa de apicultura em Miranda do Douro e tenta manter um efectivo de 1000 colmeias, mas ultimamente não tem sido fácil: “já vamos para o terceiro ano complicado, já com dois anos antecedentes iguais. Não foi possível enxamear e não consegui renovar as rainhas devido a diversos factores mas sobretudo a alterações climáticas. A primavera já devia ter vindo há um mês atrás. No momento, estão a sair enxames mas elas já deviam estar a recolher o mel. A produção está a ser prejudicada, nomeadamente no número dos efectivos, tal como todos os apicultores se queixam” alertou e queixou-se José Luís.

Este empresário que já chegou a recolher 20 toneladas de mel, tem conseguido retirar apenas cerca de 3 toneladas nos últimos anos.

Os apicultores enfrentam ainda outros problemas ligados ao furto de colmeias e mesmo de enxames. Apesar de sempre terem existido, a utilização de caixas isco tem agora um impacto mais visível como admite Helena Guedes, técnica da Federação Nacional de Apicultores de Portugal: “o impacto que da caixa isco têm mais visibilidade e associa-se ao aumento de apicultores em nova instalação. Os apicultores como têm a necessidade de cumprir com os seus objectivos financeiros optam por esta prática para mais facilmente povoar as colmeias e manter os projectos activos e em execução. Algumas caixas isco são mais elaboradas e que estão relacionadas com a colheita de abelhas para comércio, no entanto o mais importante de destacar é que isto configura uma situação de crime” acautelou Helena Guedes.

Esta terça-feira comemorou-se o dia do apicultor e a Federação Nacional de Apicultores assinalou a data em Miranda do Douro.

Numa zona fronteiriça, a transumância das colónias de abelhas foi um dos temas em debate. Helena Guedes diz, que tendo em conta o tipo de animal, a prática pode causar problemas: “A transumância é uma prática que sempre ocorreu e que se manifesta em outras espécies animais. No caso das abelhas trata-se de uma prática problemática porque existem questões de densidade de apiários, com limites de instalação para os apicultores, colocando em causa a sua sustentabilidade e o bem-estar das abelhas que já estão instaladas” contou a técnica da Federação Nacional de Apicultores de Portugal.

A iniciativa serviu ainda para marcar o primeiro dia Mundial da Abelha, o dia 20 de Maio, que foi reconhecido em Dezembro de 2017 pela ONU. O programa com uma série de actividades como colóquios e acções de educação ambiental com crianças do agrupamento de escolas e alunos da universidade sénior.

Escrito por Brigantia
Foto: Município de Miranda do Douro 
Olga Telo Cordeiro

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