Centro Interpretativo da Cultura Sefardita em Bragança já recebeu 10 mil visitantes desde que foi inaugurado, em 2017 Foto: DR |
A Rede de Judiarias, criada há oito anos, tem atualmente 38 associados. Nos últimos três anos, a rede fez um investimento na ordem dos sete milhões de euros para executar 17 projetos em outros tantos municípios, muitos deles do interior do país, onde se recuperaram edifícios e património com o objetivo de salvaguardar e preservar a cultura sefardita, com todas as obras inauguradas em 2017. "Foi possível recuperar espaços, desde Lisboa até Bragança, passando pela raia portuguesa. Conseguimos deixar um legado, para perpetuar esta memória dos judeus que viveram em Portugal e em Espanha", acrescentou o responsável.
Foi ainda criada uma rota nacional "que permite conhecer a história dos judeus sefarditas", referiu Rui Costa, que defende que "há um grande potencial de crescimento", porque muitos destes espaços museológicos estão a gerar benefícios importantes, como sucedeu em Alenquer, onde a recuperação da igreja de Santa Maria da Varzea para Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição foi o pontapé de saída num bairro degradado para a recuperação de edifícios privados. "Criou uma nova centralidade e nasceram alguns cafés e restaurantes na zona. É um museu novo, numa vila pequena, que já atraiu seis mil visitantes", explicou Rui Costa.
Entretanto, estão a ser criadas quatro novas rotas turísticas, centradas em Trás-os-Montes, Lisboa, Alentejo, Beira Alta e Beira Baixa.
Glória Lopes
Jornal de Notícias
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