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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 22 de setembro de 2019

AUMENTO DE LINCES? HÁ MENOS RAPOSAS E SACARRABOS E MAIS COELHOS

Uma equipa de investigadores em Espanha estudou a influência da recuperação das populações de lince-ibérico sobre outros predadores e presas que convivem com este felino.

Concluíram que o aumento do número de linces-ibéricos (Lynx pardinus) resultou na redução de predadores de médio porte como a raposa e o sacarrabos, num estudo agora publicado pela revista Biological Conservation, liderado por cientistas do Instituto de Investigação em Recursos Cinegéticos (IIRC, ligado ao Conselho Superior de Investigações Científicas, CSIC).

A reintrodução de lince-ibérico em Espanha e Portugal está ligada ao programa LIFE Iberlince, que entre 2011 e 2018 trabalhou com o objectivo de estabelecer populações viáveis da espécie na Península Ibérica. Graças ao projecto, este felino deixou de ser considerado Em Perigo Crítico de extinção em 2015, ficando ainda assim Em Perigo.

Ao longo de três anos, a equipa de cientistas analisou os efeitos da reintrodução do lince-ibérico no vale de Matachel, região de Badajoz, na Extremadura. Descobriu que a recuperação destes felinos traduziu-se numa diminuição de cerca de 80% da quantidade de raposas e sacarrabos.

Mais concretamente, indica um comunicado do CSIC, o estabelecimento de um macho e uma fêmea de lince no território, juntamente com as suas crias, terá levado ao “desaparecimento de 19 raposas, 11 sacarrabos, 3 fuinhas e 1 gato assilvestrado (gato doméstico que se tinha tornado selvagem)”.

Curiosamente, isso teve como contrapartida a recuperação das populações de coelhos e de perdizes na zona, apesar do coelho ser normalmente apontado como a principal presa do lince-ibérico. De acordo com o estudo, “a redução do consumo de coelho pela comunidade de carnívoros estimou-se em 55,6%.”

“Estas investigações mostram um impacto positivo das reintroduções, não só no estatuto de conservação do lince, mas também na sua funcionalidade ecológica”, sublinha José Jimenéz, autor principal do novo estudo e investigador ligado ao IIRC.

Os últimos números divulgados sobre a população de linces-ibéricos apontam para cerca de 650 indivíduos em toda a Península Ibérica. Desse total, mais de 40 estarão actualmente em Portugal.

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