“O feedback que eu vou tendo, até de forma informal por parte dos professores com quem vou falando, é que se nota diferença.
Houve uma adesão muito boa por parte de toda a comunidade educativa, nomeadamente por parte doa pais e dos professores. Houve alunos indicados pelos professores e outros até pelos próprios pais, que mostravam alguma preocupação, tendo sido dado apoio individualizado a esses alunos. Houve ações direcionadas para o grupo/turma, com o objetivo de ajudar os alunos a desenvolver competências sociais, trabalhar em grupo, relaxar e fazer meditação. Na verdade, o que e pretende é trabalhar imenso a educação emocional porque todos nós sabemos que, por vezes, são os problemas emocionais que estão na base do insucesso e da má relação que os alunos têm com a escola. Por isso é que é importante que tenhamos uma educadora social, uma psicóloga e alguém que ligado à educação emocional.”
No ano letivo anterior, o plano foi dirigido ao pré-escolar, 1º e 2 º anos do primeiro ciclo. Neste, é alargado ao 3º ano e no próximo será o quarto.
Elsa Escobar explica a importância de trabalhar com os anos de base:
“Para garantirmos o sucesso estável é preciso começar a trabalhar na base. Se no pré-escolar e primeiro ciclo os alunos adquirirem as ferramentas que lhes permitem estarem tranquilos, saber como trabalhar em grupo, desenvolver competências que são essenciais no futuro, progressivamente vamos chegar lá. Não quer dizer que não possam dar resposta a alunos de outros ciclos, até porque isso vai acontecendo pontualmente, quando há alguma situação em que os professores achem pertinente a intervenção da equipa. Houve também ações dirigidas aos pais e muitas aos professores.
Depois há outras ações previstas no projeto que tem a ver com a capacitação das próprias técnicas. Elas este ano vão implementar uma metodologia corrente dessa formação que foi feita com a Universidade do Minho, e depois há uma trabalho também feito junto aos próprios professores por parte do IPB.”
O Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar das Terras de Trás-os-Montes está integrado na estratégia de desenvolvimento e coesão territorial da região e totaliza um investimento de 6,3 milhões de euros no Nordeste Transmontano, a aplicar durante 36 meses e tem como meta reduzir o insucesso e abandono escolar em 25%.
Um plano que a vereadora defende que deve continuar:
“Eu espero bem que sim, acho que é um programa que deve ser prolongado no tempo. Se eventualmente algum dia deixasse de ser necessário porque já todos os alunos alcançam o sucesso, isso seria ouro sobre azul, mas é definitivamente um programa que deve manter-se porque a educação é a base.”
No primeiro ano deste plano em Macedo de Cavaleiros foram abrangidos 268 alunos, 22 professores, decorreram 24 oficinas de estimulação cognitiva e 45 sessões de apoio individualizado.
Escrito por ONDA LIVRE
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