Visitei mais uma das nossas aldeias, do ‘nosso Portugal’. Fiz um time off na aldeia típica transmontana de Montesinho. É uma ‘aldeia preservada’ e que está preparada para receber. Há várias casas adaptadas para turismo, arranjadas e prontas para quem chega. E quem pernoitar por lá, fica instalado na verdadeira essência do Parque Natural de Montesinho. Casas em granito, telhados em lousa e varandas em madeira, grande parte delas preenchidas com vida, flores! Cor na serra.
Da cidade de Bragança até lá foram cerca de 30 minutos de carro. Uma viagem simples e leve, em contacto com a natureza mais pura. Não avistei nenhuma águia-real, não encontrei nenhuma cegonha negra, lobo ibérico ou veado. Mas há conversa com uma local, percebi que terei que voltar. Há todas essas espécies e é natural cruzarmos-nos com elas. Ainda a circular nas ruas da aldeia, muito bem calcetadas e arranjadas, os sons da natureza. Passarinhos e ramos a mexer com a brisa suave.
O tempo ali ‘anda’ mais devagar, mas ‘alto’, não parou! Ao contrário de outros tempos, hoje as gentes de Montesinho deslocam-se para a cidade de carro. O burro só é usado para os trabalhos agrícolas (e pouco). Há muito menos gente, mas há os turistas. E é também esse contacto, esse envolvimento saudável e feliz entre locais e quem passa que faz manter vivos estes belos recantos, já raros, do Portugal rural.
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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