Decidi viajar mais a norte, fui até Carrazeda de Ansiães, uma vila bem portuguesa do distrito de Bragança. Um time off na vila, na vila amuralhada. Sim, Carrazeda conta com cerca de 5000 anos de história e de vida, devido ao seu monumento mais distintivo, classificado como Monumento Nacional, o Castelo de Ansiães, uma antiga vila medieval fortificada e onde ‘tudo iniciou’. Tudo, ali, em Ansiães (risos).
A VILA
O dia estava bonito e iniciei a visita bem no centro da vila, hoje deslocada cerca de 5km da sua origem, do castelo. Passeei junto ao pelourinho e à fonte de sereias, duas estruturas graníticas elegantes muito próximas e com significado. O pelourinho marcou e marca a sede de concelho e a fonte é um chafariz com quatro sereias dispostas verticalmente.
Circulei por ali, pelo centro histórico, pelas suas ruas estreitas e casas típicas. Casas acolhedoras, casas coloridas, e casas com Vida. Casas portuguesas! E fotografei, como o faço quase sempre (risos). Também visitei a igreja matriz, a igreja de Santa Águeda e subi até ao moinho de vento, um ponto de interesse e de visita que foi responsável por moer muito do trigo produzido nos campos circundantes da vila. Além de ser um monumento que serviu o concelho e esteticamente feliz, está localizado num sítio privilegiado. Sim, para mim os moinhos são sempre monumentos com associações ‘saudáveis’, naturais, produtivas e ‘bonitas’. Este, não foi excepção. Tinha isso tudo e tinha uma vista desafogada sobre a vila. Uma espécie de miradouro.
O CASTELO
Dali, e de carro, num percurso de cerca de 10 minutos cheguei ao Castelo de Ansiães. Um povoado gigantesco, constituído por duas linhas de muralhas e muitas ruínas. Explorei o seu interior, andei de muralha em muralha, saltei entre ruínas, e ainda fotografei algumas das suas portas de acesso. Afastado da atual vila e de vida humana, está pronto a receber. Também entrei na igreja de São Salvador, um templo românico com um portal principal singular. E despedi-me a desfrutar da vista desafogada de cima das muralhas. Lá, parei e ‘gritei’ – haja vida, haja história e haja time(s) off – (risos)!
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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